Irmão do novo Papa revela como é que Leão XIV se preparou para o momento e as últimas palavras que trocaram antes do Conclave

Desde que Robert Prevost foi nomeado o novo Papa que o telemóvel do irmão, que vive na Flórida, nos Estados Unidos, não parou de tocar. Apesar de acalentar uma esperança de que o irmão viesse a tornar-se no próximo líder da Igreja Católica, o anúncio foi uma explosão de emoções para John Prevost que, apesar da distância física, sempre continuou muito próximo do irmão.

"É totalmente irreal, uma coisa tremenda... O meu telefone ainda não parou de tocar", assumiu, em entrevista, revelando a última conversa que teve com Robert, antes do início do Conclave.

John Prevost disse que os dois jogaram a um jogo de palavras muito habitual nos seus contactos. "Foi para que ele desanuviasse", brincou, admitindo que lhe perguntou, depois, se estava preparado, caso fosse o escolhido. "Perguntei-lhe se ele já tinha as meias vermelhas prontas. Ele não gostou muito. Continuámos a conversar e perguntei se ele estava realmente preparado para o que estava por vir." O irmão questionaria, depois, Robert se já tinha visto o Conclave para saber exatamente o que tinha de fazer quando chegasse o momento e, para surpresa geral, o novo Papa disse que já o tinha feito. "Ele tinha acabado de ver [risos], então ele sabia o que tinha que fazer. Perguntei-lhe essas coisas para distraí-lo um pouco. Ele tinha de rir um pouco porque estava a viver um momento de grande responsabilidade."

Sobre a infância, John Prevost diz que não há muito a recordar, até porque o irmão seguiu a via seminarista muito cedo, pelo que só regressava a casa em períodos como o Natal ou férias escolares. 

Já sobre os conselhos que gostaria de dar ao irmão nesta nova fase da vida, John admite que normalmente está na posição contrária. "Sabe, geralmente é o contrário; ele é que nos dá conselhos. Mas acho que lhe diria simplesmente: Sê tu mesmo, é tudo o que precisas de fazer. E os nossos pais teriam ficado extremamente orgulhosos. Só o viram ascender ao sacerdócio; nunca viram o bispo ou o cardeal, mas visitaram-no nas missões no Peru. Foram visitá-lo por causa do seu trabalho; ficaram muito impressionados com o que ele fez."

Em relação ao futuro, John Prevost não esconde os receios, com uma única certeza. "Sinto que a vida dele tal como a conhecíamos até aqui acabou".