Nuno Artur Silva afastado da RTP por causa dos seus negócios privados
Vinte dias depois da primeira notícia da revista 'TV Guia', que dava conta da existência de negócios suspeitos com as séries da RTP, o CGI, o colégio que escolhe a administração da RTP, decidiu afastar Nuno Artur Silva, o "Senhor Produções Fictícias"
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João Bénard Garcia |25 de janeiro de 2018 às 19:54
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O Conselho Geral Independente (CGI) decidiu hoje não reconduzir o administrador da RTP Nuno Artur Silva na equipa que lidera a estação pública por considerar que o profissional é "incompatível" no cargo pois nunca resolveu, ao longo de três anos, o "conflito de interesses entre a sua posição na empresa e os seus interesses patrimoniais privados cuja manutenção não é aceitável", embora diga o CGI em comunicado não ter confirmado que esse "conflito" "tenha sido lesivo da empresa no decurso do seu mandato".
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A presença de Nuno Artur Silva, fundador e proprietário da Produções Fictícias, na administração da RTP levantou polémica desde o início do mandato, em fevereiro de 2015, pois a sua produtora, a Produções Fictícias, era, há muito anos, fornecedora de conteúdos da televisão pública.
ARTIGO DA 'TV GUIA' DESVENDOU "CONFLITO DE INTERESSES" DE ADMINISTRADOR
Nuno Artur Silva foi afirmando publicamente que tencionava vender a sua quota na empresa, que esta não produziria para a RTP durante o seu mandato para que não existissem incompatibilidades, mas nunca o fez e isso, junto com a polémica desencadeada com a publicação de um artigo sobre negócios suspeitos na edição de dia 5 de janeiro último na revista 'TV Guia' aceleraram o processo de afastamento.
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No leme da RTP fica, para já, Gonçalo Reis, actual presidente do Conselho de Administração, e, além de Nuno Artur Silva, o "homem dos conteúdos", sai de cena a administradora Cristina Tomé, responsável pela área financeira.
