"Salve o meu filho". Polícia conta dolorosa história do menino de três anos... que teve um final feliz
Agente de autoridade contou a história que está a emocionar o país, da criança alemã de três anos que se julgava órfã de pai e como se descobriu que, afinal, o homem estava vivo. Um final feliz no meio de uma das maiores tragédias na cidade de Lisboa.Naquele dia, o grupo de agentes da Divisão de Investigação Criminal estava de serviço na zona da baixa lisboeta e foi o estrondo que ouviram que os fez desviar-se do plano de trabalhos estipulado. De acordo com o 'Observador', eram um grupo de dez e dois dos que estavam mais próximos da Calçada da Glória, foram os primeiros a chegar ao cenário de horror, resultantes de um dos acidentes mais trágicos na história de Lisboa, ocorrido no passado dia 3 de setembro.
Foi nessa altura em que um desses homens encontraria o menino de três anos - a criança que protagonizou uma das histórias mais tocantes do desastre. Segundo foi revelado, encontrava-se com cabeça e agarrado a um homem que o havia protegido da colisão. Prontamente, o agente retirou a criança, para segurança da mesma. “O agente retirou-a, entregou-a a um casal de turistas e voltou aos destroços porque viu que estavam lá supostamente o pai e a mãe”, contou um dos polícias ao 'Observador', acrescentando que quando chegou junto dos pais da criança, o homem alemão se encontrava em estado crítico.
"Quando fez as manobras de reabilitação, ficou convencido de que ele tinha desfalecido nos braços dele", conta o mesmo agente, acrescentando que foi nessa altura que a mãe do menino fez um pedido desesperado. “Salve o meu filho”. A criança acabaria, então, por se agarrar às mãos do polícia, não o largando mais.
Polícia, mãe e filho seguiriam então juntos de ambulância para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Até à última sexta-feira, e para todos os efeitos, o pai da criança tinha sido dado como morto, e só nessa altura se ficaria a saber que era, afinal, um dos feridos graves que tinham seguido para o Hospital de São José, sendo que não corria, no entanto, risco de vida.
A própria Embaixada da Alemanha em Portugal teria informação do óbito do homem e chamou os pais do mesmo para fazerem o reconhecimento do corpo, mas quando chegaram ao Instituto de Medicina Legal, nenhum dos corpos correspondia ao do seu filho. Foram, depois, a todos os hospitais onde havia feridos da Tragédia da Glória, sendo em São José que acabariam por encontrar. Já em Portugal, acabariam por permanecer para prestar apoio ao neto, que se encontrava em Lisboa com os pais para uns dias de férias.