
A vida de Helena Sacadura Cabral tem sido marcada por algumas mágoas e agruras, sendo que a partida prematura do filho Miguel, que morreu em 2012, com apenas 53 anos, vítima de cancro no pulmão, é aquela que a escritora nunca conseguirá sarar. Apesar da dor, Helena manteve sempre a força e fé na vida e quando recorda o filho tenta que seja sempre para o enaltecer e lembrar as suas muitas qualidades.
"Celebro hoje os 65 anos do meu filho Miguel. Não me permito tristezas e sorrio sempre ao lembrar-me das datas especiais que ele escolheu para nascer – 1 de Maio, Dia do Trabalhador – e para morrer – 24 de Abril – no pressentimento de que a Revolução dos Cravos estalaria no dia seguinte", começou por escrever a conhecida economista há dois anos, pelo aniversário do filho.
Helena Sacadura Cabral continuou: "Tenho uma certeza. Embora para mim não tenham sido fáceis as suas opções, ele viveu como quis, em plena liberdade, a sua vida. E isso, quando chegam estas duas datas, dá-me uma grande serenidade. Poucas pessoas terão gozado das livres escolhas como ele."
E terminou: "Por isso, o que de bom ou menos bom, terá feito, foram as suas opções. Que quer a família, quer eu sempre respeitámos. Por isso, o 1 de Maio será, para mim, sempre um dia feliz. É o do aniversário do Miguel."
Este domingo, dia 27 de julho, outro momento de grande tristeza abalou a família, que chora agora a partida de Nuno Portas, conhecido arquiteto e pai dos dois filhos de Helena Sacadura Cabral. Apesar de já não estar casada há vários anos, nas redes sociais, a escritora mostrou-se abalada, especialmente pelo filho e pelos netos.
"Foi com pesar que tomei conhecimento da morte de Nuno Portas, pai dos meus dois filhos. Apesar de há muitos anos termos seguido caminhos diferentes, compartilhamos uma parte importante da vida e, acima de tudo, a dádiva de sermos pais de pessoas incríveis", começou por escrever Helena Sacadura Cabral, dedicando palavras de especial afeto para o filho e para os netos.
"Neste momento, o meu coração está especialmente voltado para o filho que me resta e para os nossos netos, que enfrentam, agora, a dor de uma perda profunda. Desejo que ele encontre paz, e que a memória do que foi bom siga viva no coração de quem o amou."