Melania arrasa Donald Trump por causa de crianças presas em jaulas
Diante das notícias de 2 mil crianças presas na fronteira, no Texas, a primeira-dama fez uma rara declaração sobre as políticas de imigração do marido, afirmando que os Estados Unidos devem "governar com o coração".
Melania Trump surpreendeu o mundo esta segunda-feira, 18, ao emitir um comunicado em que se coloca contra as políticas de imigração do marido, depois de ver as recentes notícias sobre as mais de 2 mil crianças que foram separadas da família.
Numa rara intervenção sobre as políticas da Casa Branca, Melania diz que republicanos e democratas devem trabalhar juntos para alcançar "uma reforma da imigração bem sucedida".
Melania "acredita que é preciso ter um país que segue todas as leis, mas também um país que governa com o coração", diz o comunicado assinado por uma porta-voz.
Há cerca de 6 semanas que o procurador-geral Jeff Sessions colocou em prática a política de tolerância zero, detendo os migrantes que tentam passar a fronteira do México com os Estados Unidos ilegalmente. Uma das consequências diretas é separação de mais 2 mil crianças dos seus familiares, que têm sido mantidas em jaulas nos abrigos.
Segundo o 'Telegraph', centenas de crianças estão num armazém no Texas a aguardar pela resposta das autoridades em jaulas, uma das quais tinha 20 pessoas sentadas ao lado de garrafas de água, pacotes de batatas fritas e mantas de sobrevivência, que servem de cobertores.
Antes, as políticas permitiam que os migrantes ficassem em liberdade enquanto eram julgados.
A antiga primeira-dama Laura Bush também já se pronunciou, afirmando que as políticas de tolerância zero são "cruéis" e "imorais". "Parte-me o coração", referiu.
O próprio Donald Trump já afirmou que "detesta ver crianças separadas dos pais" e acusa os democratas pelas detenções. "A lei é deles", afirmou. Por seu lado, a senadora democrata Lindsey Graham disse à 'CNN' que "Trump podia acabar com esta política com um único telefonema". "Se não gosta de ver famílias separadas, pode pedir ao Departamento de Segurança Interna que deixe de o fazer", acrescentou.