
"A Vitória vai nascer ao som de Stevie Wonder"
A apresentadora e o radialista aguardam, tranquilos, o nascimento da filha previsto para o dia 23 de dezembro. O casal conta-nos a história desta Vitória.
Vitória é um bebé muito desejado e é fruto de uma grande luta. Lara Afonso sempre teve o enorme desejou ser mãe, mas a vida, por vezes, troca as voltas, e as coisas não acontecem como planeadas. Há cerca de dois anos, a apresentadora do Flash Vidas, CMTV, sofreu um aborto. Ficou triste, mas não revoltada. E não desistiu. Agora, ela e o marido, Paulo Fernandes, estão radiantes á espera da sua Vitória, que está prevista nascer no dia 23 de dezembro. "Se tudo correr dentro do previsto, será um Natal mágico", assumem.
Este será, sem dúvida, um Natal especial para vocês…
Lara – É verdade, mas vai ser também Natal imprevisível. Faço as 40 semanas no dia 23 de dezembro, portanto poderemos passar a consoada no hospital. Queríamos já ter a Vitória nos braços. Mas não sabemos, até poderá nascer só depois. Nada indica que venha antes do tempo, tenho tido uma gravidez tranquila e tenho-a saboreado ao máximo.
Paulo - Ela tem saboreado ao máximo esta gravidez e todos os alimentos que estão de acordo com a gravidez. Por isso é que está uma grávida linda e radiante.
Lara – Estás a chamar-me gorda? Não acredito!
Paulo – Nada disso! Saboreias tanto tudo o que envolve esta gravidez, por isso é que estás uma grávida super saudável e com esta cara linda.
Porque escolheram o nome de Vitória para a vossa filha?
Paulo – Primeiro, porque é um nome que gostamos muito. Depois, porque para nós foi mesmo uma vitória termos uma Vitória. Por isso, acho que outro nome não teria tido tanto sentido quanto este faz. O processo não foi logo à primeira. A bola ainda foi ao poste, depois houve uma que entrou e voltou para trás… então, como esta correu bem e foi um golo bonito, achámos que é digno de uma Vitória.
Lara – [risos] E é engraçado isto dito por um sportinguista. Os colegas dele e os companheiros de clube gozam por ele ir ter uma filha chamada Vitória, como a águia do Benfica. E eu, benfiquista, só digo, todos os clubes querem uma vitória, portanto…
Foi mesmo um bebé muito desejado…
Lara – Sem dúvida. Sofri um aborto há cerca de dois anos…
Por isso, viveu esta gravidez com muito mais cautela? Receio?
Lara – Sim, com mais receio. Mas sem dramas, sem levar a extremos. Mas claro que no recato do meu quarto, no meu sossego, muitas vezes, fico a pensar: será que está mesmo tudo bem? Quando ela não se mexe durante um bocado, fico mais alerta. Mas depois ela mexe-se, responde-me sempre e eu fico mais aliviada.
Depois do aborto, pensou que não voltaria a engravidar?
Lara - Não. Nunca pensei em desistir. Fiquei triste, mas não revoltada. Fiquei triste porque me atrasou um bocadinho o sonho de ser mãe, mas sabia que ia acontecer.
Fez algum tratamento para voltar a engravidar?
Lara - Tivemos um acompanhamento médico excelente e sem ele não teria sido possível, a vários níveis. Nós estivemos sempre optimistas. Claro que com este percalço recuámos um bocadinho, mas pensámos: bola para a frente, cabeça levantada e bora lá. Há tanta gente que passa por isto, porque não haveríamos nós de conseguir dar a volta? A maior pressão é aquela que colocamos em cima nós e como isso não aconteceu, a Vitória apareceu naturalmente. E o Paulo queria menina e veio menina.
Paulo, tem-la mimado muito? É daqueles companheiros muito preocupados que não deixam as mulheres fazer nada com receio que faça mal ao bebé?
Paulo – Eu acho que não. Estou a levar tudo o mais natural possível, sem cuidados excessivos. Mas digo-lhe algumas vezes: não te canses, tem cuidado a descer as escadas, não corras porque esta a chover, ajudo-a a abrir a porta do carro… Mas acho que são os cuidados normais.
LARA - Estamos a levar esta gravidez de forma muito tranquila. Só quando nos sentamos a conversar especificamente sobre a Vitória é que começamos a divagar um bocadinho…
Divagar em que sentido?
Lara – No outro dia, tivemos a nossa primeira discussão sobre a Vitoria! O tema eram as motas. Até lhe disse: estás a discutir comigo porque não lhe queres dar uma mota e porque eu disse logo se vê?! Eu tive mota, argumentei, e ele respondeu logo: filha minha não tem mota. Eu disse que dependia da personalidade. E, às tantas, começámos a discutir e acabámos a rir. Ela ainda não nasceu, até chegar á fase de ter mota vai demorar imenso tempo, já estamos a discutir sobre isso.
Paulo – Não volto a falar sobre isso [risos]!
Vai ser um pai de caçadeira atrás da porta?
Paulo – Atrás da porta, na cave… Já combinei com alguns amigos irmos para a porta das discotecas, só vai sair de casa lá para os 18 anos com a autorização do pai e supervisão dos amigos do pai. Depois, acordo e percebo que quero é que ela seja feliz. Há uma coisa que vamos insistir, é que ela seja bem educadinha, não dê respostas tortas nem mal educadas.
Lara – Ele não vai ser nada assim. Aposto que vai ser um manteiga derretida e ela vai fazer o que quiser dele.
Pode dizer-se que a Vitoria veio na altura certa? Assim puderam disfrutar bem destes oito anos de casados, de vida a dois.
Lara - Eu queria há mais tempo. Ele queria viajar mais. Assim, acabámos por fazer um bocadinho daquilo que ambos queríamos. Mas sim, viajámos, usufruímos bastante de nós enquanto casal.
Paulo –Chega na altura certa às nossas vidas. Aproveitámos bem a vida a dois. Agora estamos preparados enquanto casal para receber a nossa filha.
Lara - Mas eu estava preparada há mais tempo que ele [risos].
Têm uma boa estrutura familiar que os vai permitir continuar a namorar ?
Paulo – Temos, claro. Acho que eles estão mais ansiosos que nós com o nascimento da Vitória.
Lara - Estavam todos a lutar por nós. E já ninguém nos dizia nada, não nos colocavam pressão alguma. Perceberam que estávamos num impasse e que eu sempre quis ser mãe… Então, quando dissemos que estávamos grávidos, foi uma explosão de alegria de ambas as partes. Há uma esperança renovada com a chegada da Vitoria. A minha irmã e a minha sogra parece que também estão grávidas também. Não param de me enviar fotos com sugestões de tudo e mais alguma coisa, mas de uma forma tão calorosa que me enche o coração. A minha mãe fala para a minha barriga. E ela nunca foi assim, sempre foi mais séria e "bruta". Como as coisas e as pessoas mudam perante um bebé. E ainda está dentro da barriga, imagino quando nascer.
Paulo - E são avós super batidas, já têm outros netos, mas parece que a Vitória é a primeira. Acho que como estivemos tanto tempo a lutar por este dia, queríamos tanto ser pais e estava a ser difícil… Eles também estavam a lutar à maneira deles, por isso, no fundo, é também uma vitória para eles.
Está com receio do parto, Lara?
Lara - Ainda não. Estou muito tranquila, até ao momento. Mas as aulas de pré parto têm ajudado.
Paulo – Está descontraída. A Lara canta muito para a Vitória. Além disso, ela também já ouve muita musica que pomos propositadamente só para ela, como Stevie Wonder, Whitney Houston, Vivaldi. E se tudo correr bem, vai nascer ao som de Stevie Wonder, com a música ‘Isn't She Lovely’. Já combinámos com o médico. E eu vou assistir e já sei como tenho de desmaiar. Mas eu não vou desmaiar. A vergonha que seria.