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Notícia
Autárquicas 2017

Assunção Cristas: "Quero uma Lisboa que não deixa ninguém para trás"

"Nunca deixo nada por metade" e isso percebe-se ao longo da conversa de mais de uma hora com a candidata do CDS/PP à Câmara Municipal de Lisboa. Assunção Cristas, que tem apenas 42 anos (completa 43 na próxima quinta-feira, 28 de setembro), tem planos e ideias para cada problema que diz existir na capital.
Por Ana Cristina Esteveira | 27 de setembro de 2017 às 08:12
Assunção Cristas Foto: Carlos Ramos
Assunção Cristas Foto: Carlos Ramos
Assunção Cristas Foto: Carlos Ramos
Assunção Cristas Foto: Carlos Ramos
Assunção Cristas Foto: Carlos Ramos
Assunção Cristas Foto: Carlos Ramos
Assunção Cristas Foto: Carlos Ramos
Assunção Cristas Foto: Carlos Ramos
Assunção Cristas Foto: Carlos Ramos
Assunção Cristas Foto: Carlos Ramos

Maria de Assunção Oliveira Cristas Machado da Graça, conhecida dos portugueses apenas como Assunção Cristas, é, além de líder do CDS/PP, professora universitária e uma das candidatas à Câmara Municipal de Lisboa. Chegou ao nosso encontro com um "ar cansado", mas ainda assim cheia de energia e muito motivada pelo feedback que vai tendo nas ruas por parte dos lisboetas. Está determinada a lutar por "uma cidade urbana, moderna, cosmopolita, mas que acolhe todas as idades, dá atenção aos mais idosos, que estima as famílias e as crianças e lhes dá condições para viver na cidade e que certamente não deixa ninguém para trás".

Tem consciência de que não será fácil ganhar estas eleições, mas ainda assim não desiste. Nunca desiste de nada, afiança-nos. E neste passeio, pelas ruas e vielas de Alfama, vai-nos dando exemplo da sua perserverança, afinco, trabalho e determinação. Tanto na política, como na sua vida mais pessoal.

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Acredita que é possível ganhar à presidência da Câmara de Lisboa?

Acredito. E acredito porque acho que em democracia, quando se dá a palavra aos eleitores e, neste caso aos lisboetas, tudo é possível. Nestes últimos 10 anos de governação socialista, criou-se uma cidade para ‘inglês ver’, para as elites e para as páginas mais glamourosas das revistas. Mas há uma outra cidade mais esquecida, mais abandonada, desleixada nos sítios onde habitam a generalidade dos lisboetas. Uma cidade com bairros sociais e camarários com problemas graves que só não tocam a quem não vai lá.

É nesses locais que está o seu eleitorado?

Acredito que está em todo o lado e acredito também que um eleitorado que não vive num bairro social é sensível ao que se passa nesses mesmos bairros.

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Assunção Cristas Foto: Carlos Ramos

Estava à espera de encontrar situações tão dramáticas na capital?

Nem tão chocantes, nem tão dramáticas. Mas antes de entrar para a política, nos meus tempos de faculdade, sempre me envolvi na parte social da cidade, no apoio aos sem-abrigo com a Comunidade Vida e Paz e no apoio a alguns bairros mais perto de casa. Portanto, estas realidades não me eram alheias. Quando o Fernando Medina diz que a habitação social em Lisboa está resolvida, não está.

Leva os problemas com se depara nas ruas para o seio da sua família?

Conto muitas histórias em casa. As histórias que mais me tocaram positivamente ou negativamente. Tenho muita vontade que os meus filhos, que agora já estão mais crescidos, tomem conhecimento direto destas realidades e venham comigo para ver e sentir que há muito trabalho a ser feito.

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É um acordar duro.

Mas isso é a vida. A realidade não é só a deles, que é muito fácil. Lá em casa falamos muito, quer das questões de Lisboa, do país e até do mundo. Serve até para lhes dizer que, de facto, têm muito que agradecer a Deus, porque as realidades são diferentes. E por terem tanto que agradecer, têm já uma grande dívida para com a sociedade.

Assunção Cristas, CDS, Férias, Belharucas, Tiago Machado da Silva Foto: Liliana Pereira
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Assunção Cristas, CDS, Férias, Belharucas, Tiago Machado da Silva Foto: Liliana Pereira
Assunção Cristas, CDS, Férias, Belharucas, Tiago Machado da Silva Foto: Liliana Pereira
Assunção Cristas, CDS, Férias, Belharucas, Tiago Machado da Silva Foto: Liliana Pereira
Assunção Cristas, CDS, Férias, Belharucas, Tiago Machado da Silva Foto: Liliana Pereira
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Assunção Cristas, CDS, Férias, Belharucas, Tiago Machado da Silva Foto: Liliana Pereira
Assunção Cristas, CDS, Férias, Belharucas, Tiago Machado da Silva Foto: Liliana Pereira
Assunção Cristas, CDS, Férias, Belharucas, Tiago Machado da Silva Foto: Liliana Pereira
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Assunção Cristas, CDS, Férias, Belharucas, Tiago Machado da Silva Foto: Liliana Pereira
Assunção Cristas, CDS, Férias, Belharucas, Tiago Machado da Silva Foto: Liliana Pereira
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Assunção Cristas, CDS, Férias, Belharucas, Tiago Machado da Silva Foto: Liliana Pereira
Assunção Cristas, CDS, Férias, Belharucas, Tiago Machado da Silva Foto: Liliana Pereira
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Assunção Cristas, CDS, Férias, Belharucas, Tiago Machado da Silva Foto: Liliana Pereira
Assunção Cristas, CDS, Férias, Belharucas, Tiago Machado da Silva Foto: Liliana Pereira

Esta é a Lisboa que ama?

Esta é a Lisboa do meu coração, é a Lisboa dos bairros, de muita gente de muitas proveniências, da azáfama da Baixa, que eu conheci  em miúda e que se foi perdendo quando apareceram os centros comerciais. Zonas que foram ficando mortas, mas que agora estão reanimadas com a abertura de novas lojas e restaurantes. Não podemos esquecer o fenómeno do turismo que veio dar ânimo a zonas da cidade que estava muito envelhecidas e desertificadas.

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As suas recordações de infância cruzam-se com a cidade?

Especialmente com a tal azáfama da Baixa. Sempre vivi em Belém, e para lá da ribeira de Alcântara, antigamente, isto no século XIX, era outro concelho, ou seja, era o concelho de Belém. Aliás, o Alexandre Herculano foi presidente da Câmara de Belém. Isto para dizer que ainda sou da altura em que se dizia que se ia a Lisboa. Significava que se vinha à Baixa fazer compras, por exemplo. Neste momento, em moldes diferentes, parece-me que a azáfama de outrora está novamente a tomar conta desta parte da cidade.

Qual é a sua cidade?

A do rio. Aquela em que se vê o rio. Tenho uma grande ligação ao Tejo, porque sempre vivi e estudei em Belém. Só quando fui para a faculdade é que passei a frequentar mais a zona alta da cidade. Primeiro a Cidade Universitária e depois Campolide. A ligação ao rio é, a meu ver, parte da identidade desta cidade e o que nos enche a alma. Não é por acaso que em muitos fados que falam de Lisboa, falam também do rio. E historicamente é o que nos define e é a razão de ser da cidade. E é essa proximidade ao rio que ainda está por explorar. Costumo dizer, que quero que Lisboa seja a capital mundial dos oceanos porque tem certamente condições para isso.

Assunção Cristas Foto: Carlos Ramos
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É possível mudar Lisboa para melhor?

Estou há um ano no terreno e tenho conversado muito com as pessoas. Identificamos claramente duas grandes prioridades: toda a área da mobilidade. É muito difícil movermo-nos na cidade de Lisboa, os transportes colectivos circulam com muita dificuldade, o trânsito é infernal  e, nem por baixo do solo, é fácil já que o Metro acusa muitos problemas. Outra grande falha é o estacionamento e os moradores sinalizam muito essa questão. Depois, a outra área é a social. Esta é capital mais envelhecida da Europa. Temos 150 mil pessoas acima dos 65 anos e a muitas delas vivem sozinhas, isoladas porque os filhos e os netos, fruto do congelamento das rendas, não conseguiram continuar junto dos pais. Outros, foram à procura de melhores condições de habitabilidade já que nem sempre essas condições existem no casco histórico da cidade. Não há crianças nem jovens, estando muito abaixo da média nacional, portanto é urgente trabalhar na rede de creches para proporcionar mais condições e opções aos pais. Quanto aos mais idosos, e essa é uma das nossas grandes propostas, é criar uma rede de cuidadores com base nas instituições que já existem e que já fazem muito desse trabalho, como as IPSS e Santa Casa da Misericórdia, mas juntando também as juntas e autarquia em torno de um objectivo comum e que eu definiria assim: "Que ninguém fique sozinho em Lisboa". É urgente ter uma cidade mais humana, mais coesa e para todas as idades.

assunção cristas_709 Foto: Paulo Miguel Martins
assunção cristas_709 Foto: Paulo Miguel Martins
assunção cristas_709 Foto: Paulo Miguel Martins
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assunção cristas_709 Foto: Paulo Miguel Martins
assunção cristas_709 Foto: Paulo Miguel Martins
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Como definiria a sua Lisboa?

Uma cidade urbana, moderna, cosmopolita, mas que acolhe todas as idades, dá atenção aos mais idosos, que estima as famílias e as crianças e lhes dá condições para viver na cidade e que certamente não deixa ninguém para trás.

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Santo António é padroeiro de uma cidade que se revela crente e de fé. Qual é a sua relação com Deus?É muito importante e digo-o porque é verdade e por considerar que é importante dar o testemunho disso. No meu caso é talvez a coisa mais estruturante da minha vida e quando penso, por exemplo, na minha família e nos meus filhos e nos valores que lhes quero transmitir e que são importantes, sem dúvida que é a fé.

O que pede a Deus?

O que rezo e que lhe peço é para que dê fé a todos e a cada um deles em particular. Acho que a fé é algo que muda a maneira de estar no mundo. Esta relação com Deus é, para mim, fundamental e estrutural. É o que mais me define. Mais do que tudo o resto.

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Fez alguma promessa para ganhar as eleições? Irá, por exemplo, a Fátima?

Vou a Fátima com alguma regularidade e agradeço diariamente tudo o que acontece na minha vida. Não irei a Fátima para agradecer, mas nesse dia rezarei e agradeço. Quando for a Fátima, agradecerei pela minha vida, pela minha família, pelo meu trabalho, pelas funções que desempenho e pedirei ajuda para as fazer melhor. Peço ajuda, sobretudo, ao Espírito Santo.

Assunção Cristas Foto: Carlos Ramos

Ao Espírito Santo?

Sim, uma figura … uma pessoa mais esquecida. Em Fátima temos a Basílica da Santíssima Trindade precisamente para nos lembrarmos que são três pessoas numa e eu gosto muito de rezar ao Espírito Santo e pedir-lhe iluminação.

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Não imagina a sua vida sem esse pilar… o da fé?

Não, mesmo. Como disse, é absolutamente estruturante. Todos os dias procuro ser melhor porque sou cristã.

Se não fosse cristã…

Talvez procurasse na mesma.

Foi uma fé "herdada"?

Primeiro foi transmitida pelos meus pais, pela minha família, como acontece na grande maioria dos casos. Muito pela palavra e pela prática, mas essencialmente pelo exemplo que eu via nos meus pais. Depois, a dada altura, é algo que vamos interiorizando e passa de uma fé transmitida a uma fé vivida, escolhida e assumida. Isso aconteceu comigo com toda a naturalidade quando passei da infância para adolescência. Hoje faz parte da minha vida.

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Nunca se afastou do caminho da fé, de Deus?

Nunca me afastei e rezo todos os dias para nunca me afastar.

Assunção Cristas, Papa, Fátima Foto: Ivo Raínho Pereira
Assunção Cristas, Papa, Fátima Foto: Ivo Raínho Pereira
Assunção Cristas, Papa, Fátima Foto: Ivo Raínho Pereira
Assunção Cristas, Papa, Fátima Foto: Ivo Raínho Pereira
Assunção Cristas, Papa, Fátima Foto: Ivo Raínho Pereira
Assunção Cristas, Papa, Fátima Foto: Ivo Raínho Pereira
Assunção Cristas, Papa, Fátima Foto: Ivo Raínho Pereira
Assunção Cristas, Papa, Fátima Foto: Ivo Raínho Pereira
Assunção Cristas, Papa, Fátima Foto: Ivo Raínho Pereira
Assunção Cristas, Papa, Fátima Foto: Ivo Raínho Pereira
Assunção Cristas, Papa, Fátima Foto: Ivo Raínho Pereira
Assunção Cristas, Papa, Fátima Foto: Ivo Raínho Pereira
Assunção Cristas, Papa, Fátima Foto: Ivo Raínho Pereira
Assunção Cristas na procissão da Nossa Senhora da Saúde Flash
Assunção Cristas na procissão da Nossa Senhora da Saúde Flash
Assunção Cristas na procissão da Nossa Senhora da Saúde Flash
Assunção Cristas Flash
Assunção Cristas Flash
Assunção Cristas Flash

Sendo uma mulher de fé como aceita as tantas injustiças e discrepâncias sociais?

Luto e trabalho para que as coisas possam ser mais equilibradas. Por exemplo, lutando para que seja uma prioridade da ação da Câmara Municipal de Lisboa. Se me perguntar se tenho muitos votos com isso, respondo-lhe que não sei, mas isso não é o mais importante.

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Não quer ganhar as eleições?

Claro que quero ganhar as eleições e claro que quero ser presidente da câmara e sendo-o posso ter a ação para resolver estas situações. Mas chamaria a atenção para todas elas em qualquer circunstância e mesmo que não me desse um voto. Acredito que este é o meu dever e a minha consciência.

Sentiu-se atraiçoada pelo PSD?

De maneira alguma. Os dois partidos são partidos amigos que naturalmente têm muitos entendimentos na área municipal. Estamos com o PSD em várias câmaras, câmaras essas que correm muito bem como é o caso de Cascais e Braga, mas cada partido tem a sua estratégia. Conversei, em tempos, com o PSD, como é sabido, mas a estratégia deles foi outras… amigos como antes.

Assunção Cristas Foto: Carlos Ramos
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Não foi um erro não concorrer coaligados?

Foi uma oportunidade que não aconteceu e certamente que as coisas seriam diferentes, mas o que lá vai, lá vai e a minha preocupação agora é olhar para o futuro.

Não está arrependida de se ter candidatado?

De forma alguma. Estou muito animada e entusiasmada. É tudo muito intenso e não sei fazer as coisas pela metade. Se é para fazer, faz-se, vamos lá a isto e arregacem-se as mangas. No limite, estarei sempre satisfeita pois quem dá tudo fica sempre com um sentido de dever cumprido. Trabalho muito e sinto-me preparada para ser presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

Independentemente do resultado, acredita que vai dormir bem na noite de 1 de outubro?

Descansada. Sei do ponto de onde partiu o CDS-PP e sei o quanto é difícil, mas também sei que tenho dado o máximo para dar a conhecer o trabalho que fizemos e aquele que estamos dispostos a fazer. Depois, é confiar nos eleitores. São sempre soberanos e têm sempre razão.

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Se for eleita, o que fará no primeiro dia como presidente?

Falarei com certeza com todos os diretores de empresas municipais, mas darei particular atenção à Gebalis, que gere os bairros sociais, e a Emel, a inimiga pública número 1 dos lisboetas tendo que passar a ser a melhor amiga e é por isso que temos um programa que basicamente diz que quem mora na cidade tem de ter algum benefício por morar em Lisboa, como ter mais estacionamento.

E este boom turístico… é bom ou é mau?

É bom claro. Gera emprego, gera riqueza e faz com que zonas que antes estavam desertificadas passara a ter uma nova vida e mais atractivas para os lisboetas e para quem quiser vir viver para cá. Não há turistas a mais, mas gestão urbana a menos no que toca à habitação, ao trânsito e mobilidade e até na higiene urbana.

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Quem é a Assunção Cristas?

Sou uma pessoa com muita vontade de fazer coisas, de pensar em conjunto, de ouvir e conversar com as pessoas e de partilhar ideias.

Assunção Cristas Foto: Carlos Ramos

Sempre foi assim?

Não reflito muito sobre como fui e como sou. Sou muito mais de ação. O que me interessa é o que posso fazer, o que posso agregar, os projetos a que me posso juntar, os que posso liderar, as pessoas que posso convocar e entusiasmar. Também estou convencida de que nada se faz sozinho na vida e muito menos política, sobretudo políticas públicas.

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Como lida com as derrotas?

Quando era miúda tinha um grande problema, pois sempre que perdia a jogar às cartas com os meus irmãos lidava muito mal. Mas quando cresci, parece-me que passei a aceitar com humildade que umas vezes ganha-se e outras que se perde. O importante é saber tirar lições tanto das vitórias como das derrotas. Por outro lado, o importante é andar para a frente.

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