Confirmaram-se os receios. Mimicat, prejudicada, acaba no fundo da tabela na final da Eurovisão

Realizou-se na noite deste sábado, 13 de maio, a grande final da edição de 2023 da Eurovisão, que teve lugar em Liverpool, com a cidade do Reino Unido a fazer as vezes da organização que seria da Ucrânia, após a vitória dos Kalush Orchestra, em 2022.

A final foi apresentada pelo irlandês Graham Norton, pela atriz britânica Hannah Waddingham, pela cantora britânica Alesha Dixon e pela cantora ucraniana Julia Sanina. Durante a emissão, a princesa de Gales, Kate Middleton, surpreendeu ao tocar uma parte do tema vencedor da edição transata em piano, num vídeo gravado.

A portuguesa Mimicat partia com pouco favoritismo, ocupando o penúltimo lugar nas previsões, e com a acrescida dificuldade de ter sido a segunda artista a subir a palco, uma posição historicamente complicada e que nunca levou qualquer artista ao triunfo, algo que até havia gerado críticas de fãs portugueses à organizadora EBU.

Ainda que a interpretação da artista de Coimbra tenha merecido múltiplos elogios nas redes sociais, ‘Ai Coração’ terminou no 23.º lugar entre os 26 participantes, com 59 pontos. Aos 43 pontos do júri (18.ª canção mais votada), somaram-se os 16 pontos no televoto (23.ª).

A Suécia, que liderava por larga margem as previsões, acabou mesmo por sagrar-se vencedora, com o tema ‘Tattoo’, de Loreen. A cantora natural de Estocolmo já havia vencido o certame em 2012, com ‘Euphoria’, e tornou-se apenas no segundo artista a fazê-lo por mais do que uma vez – o primeiro fora Johnny Logan, da Irlanda, em 1980 e 1987.

A participação sueca conquistou de forma clara as preferências do júri, com um total de 340 pontos, mais 163 que os 177 de Israel, mas ainda viu a margem estreitar-se com o triunfo considerável da Finlândia no televoto, com 376 pontos. Ainda assim, o total de 583 pontos da Suécia superiorizou-se ao 526 da Finlândia, com Israel (362) a completar o pódio.

Maro, representante portuguesa no concurso de 2022, foi a eleita para anunciar a pontuação atribuída pelo júri de Portugal, no evento que foi transmitido pela RTP, com comentários de José Carlos Malato e Nuno Galopim.