Lara Afonso revela drama após o parto da filha: “Ouviu-se falar em risco de vida”
A apresentadora da CMTV recorreu a ajuda médica para conseguir engravidar e, por isso, Victória foi o nome escolhido para a bebé. Só que, ao nascer, a menina não respirava e teve que ser sujeita a uma cirurgia para sobreviver.
Este é o primeiro ano em que Lara Afonso festeja o Dia da Mãe também nessa qualidade. A apresentadora da CMTV está radiante e explica que sempre valorizou este dia, também partilhado com a mãe e a avó.
A apresentadora revela ainda em exclusivo os momentos dramáticos que viveu, após Victória nascer e ter estado em perigo de vida.
Agora, aos 4 meses a bebé vive rodeada de afetos de toda a família. Lara Afonso sente-se uma privilegiada por poder contar com muitas ajudas para tomar conta da filha, numa fase em que se prepara para um novo desafio na televisão.
Este é o teu primeiro Dia da Mãe em que és mãe. Como é que vai ser?Não faço a mínima ideia de como é que vou festejar. Mas sei que, internamente, vou festejar com a maior alegria porque sou uma autêntica "Miss Cliché", como muitos me chamam.
Como assim?Porque tudo o que é clichés eu adoro! Gosto de violinos. Das histórias de amor e uma cabana. Das efemérides, em particular esta, o Dia da Mãe. Mas também o Dia do Pai. E o Dia da Mãe sempre me tocou, particularmente, desde que despertei para a vontade de querer ser mãe.
E como é que é em relação à tua mãe?É um dia que também me toca pela minha mãe e pela minha avó. Mas pelo próprio dia em si, que acredito que deva ser todos os dias. Mas ter um dia especial, além do aniversário, além dos outros dias especiais, gosto. É giro!
Se calhar vai ser um dia passado entre as várias gerações de mães da família?Sim ou não. O Paulo sei que tem qualquer coisa preparada, mas não sei o quê. Sei que vou ter um Dia da Mãe especialmente dedicado a mim, enquanto mãe, pela primeira vez.
Como é que está a ser a tua vida desde que a Victória nasceu?Está a ser maravilhosa a minha vida, desde que fui mãe. Olho para os problemas de outra forma. É outro cliché: todas as amigas que já tinham sido mãe e falaram comigo diziam que a minha vida ia mudar completamente. Que ia deixar de valorizar o que não tem valor e passar a valorizar aquilo que realmente interessa. E é de facto verdade. É mesmo.
Em tudo o que acontece, no dia a dia?Passei por uma fase em que estava mais gordinha mas já não estou tanto. E eu que nunca liguei a essas coisas, talvez porque nunca tivesse essa necessidade, porque sempre fui magra, senti-me afetada.
Porquê?Porque ouvi alguns comentários do género: Estás mais gordinha. Tens que ter cuidado. Olha a tua alimentação. Olha o teu trabalho, é a tua imagem. Lembro-me que na altura, quando me disseram isso, fiquei magoada. Mas quando cheguei a casa e peguei na minha filha, a minha expressão foi: ‘Ah! Poupem-me. Tenho o melhor do mundo aqui!' Quero lá saber se estou gorda, magra, inchada. Não quero saber. O meu semblante diz tudo, estou feliz, e isso é o mais importante.
Como é que são as tuas novas rotinas?São muitas! Já tinha tomado conta dos meus sobrinhos, dos três. E filhos de amigos. Sempre fui muito maternal e sempre tive jeito para crianças. E estou a ter jeito com a Vitória.
Lidas bem com as alterações na tua vida, desde que foste mãe?Está a ser simples, sim. Estão a ser bem divididas as tarefas lá em casa, entre mim e o Paulo. Também temos dois cães que têm o seu espaço na nossa família, por isso tem sido uma rotina diferente daquilo que alguma vez pensei. Apesar de sempre ter querido mãe.
Tinhas ideia de como a tua vida se ia alterar?Fazia uma ideia de como é que ia ser, mas não é bem como se lê nos livros. Não corresponde totalmente à verdade daquilo que vai acontecer daquilo que realmente é quando acontece.
Como é que têm sido as noites?Durmo lindamente! A Victória, desde pequenina – apesar de ainda não ser grande (risos) , tem quatro meses – sempre me deu boas noites. Só acorda para mamar. E não é bem acordar. Sinto que ela está a acordar, pego logo nela e dou-lhe de mamar. Acaba de mamar, dorme outra vez e é assim, até às oito da manhã.
Acorda muitas vezes?Depende. Já dormiu uma noite inteira! Acorda uma, duas vezes por noite.
Como é que concilias o trabalho com a vida de mãe?Com muita dedicação e muito apoio, da minha mãe, da minha irmã, da minha sogra, até do meu irmão. É giro porque o difícil é escolher com quem é que ela vai ficar hoje. Porque todos têm tanto amor para lhe dar!
O que é ótimo.Tenho essa felicidade de ter a família por perto para me ajudar nesta fase. Sinto-me uma privilegiada. A Victória tem amor de família, tem sempre com quem ficar – apesar de eu não ser contra os berçários, nada disso – mas é sempre melhor estar no colo da mãe, da avó, da tia, do tio. Sinto-me mais confortável. Sou mãe de primeira viagem, desculpem-me.
E como é que foi ter de regressar ao trabalho com uma bebé tão pequenina?Voltei ao trabalho quando ela tinha dois meses. Não foi um início de vida fácil, o da Victória. Acho que o facto de ela se chamar Victória tem mesmo muita importância e quando ela nasceu ganhou um novo significado.
Por que é que o nome dela ganhou ainda mais força?Nunca tinha dito isto mas a Victória nasceu com um problema e foi operada.
O que é que a tua filha tinha?Tinha um quisto. Hoje sei que era um quisto embrionário, congénito, sem nada de anormal, a não ser o sítio onde estava localizado que era nasofaringico. Portanto, bloqueava a respiração. Ela quando nasceu não conseguia respirar. Inicialmente, pensaram que era normal, ainda por cima num parto por cesariana, mas passei por uma grande provação, eu e o Paulo, no dia 22 de dezembro, porque… (emociona-se). Ouviu-se falar em risco de vida.
Como é que reagiste ao saber disso?Se foi tão difícil ter a Victória – tive ajuda médica para conseguir ter a nossa Vitória -, se foi tão difícil chegar ao ponto de ser mãe, no dia em que vou para a maternidade, que dia que supostamente ia ser mágico… Foi mágico, foi um dia mágico, claro que foi. Mas não foi aquilo que se vê nas revistas e nos filmes. Não foi aquele parto em que nasceu, tira-se fotografias, temos toda a gente no quarto do hospital a dizer "Parabéns!". Não. A minha filha estava na incubadora.
Foi um momento complicado, então.(Chora) Foi difícil. Foi uma fase muito difícil mas que me deixou a mim muito mais forte, ao meu marido muito mais forte, e também a nós enquanto casal. A minha filha, se já era tudo, agora é tudo e mais alguma coisa.
Com este início de vida e este nome, só pode vir a ter uma maravilhosa.Ela é uma Victória desde o momento da conceção ao momento do nascimento e acredito que ela me vai, ao longo da vida, me dar mais provas desta capacidade intrínseca de vencer na vida. Ela vai mostrar o que é vencer na vida e ainda agora nasceu.
Sentes muito a falta da tua filha durante o dia, quando estás a trabalhar?Muita! Mas somos fruto das novas tecnologias, com o que isso tem de bom e de mau. Podemos usufruir do que tem de bom. Faço Facetime a torto e a direito. Video chamadas a toda a hora, com a minha mãe, a minha irmã, enfim, com quem ela estiver nesse dia. Trocamos fotografias. Recebo fotografias várias vezes por hora! Acabo por ter muitos momentos, durante o meu dia de trabalho só meus e dela através do telefone. Mas quando chego a casa é toda minha!
E agora vais ter ainda mais trabalho.Sim! Vêm aí novidade na CMTV. Ainda não posso revelar, até porque não é uma novidade que me diga exclusivamente respeito, só a mim. Posso adiantar que tem a ver com uma pessoa que está a olhar para mim, neste momento, não é a Vitória mas é… anda cá Nuno Tiago! É segredo, mas vai ser divertido!