
Continuam as críticas aos empresários da restauração que fizeram sete dias de greve de fome à frente da Assembleia da República. Agora são chamados de "bandidos".
A declaração é do antigo jornalista João Morgado Fernandes no Facebook na passada quinta-feira, dia 3. "Há pessoas que ainda não perceberam com o que estamos a lidar. Há os restaurantes, proprietários e funcionários, que enfrentam problemas, que tentam resolvê-los e que devemos ajudar. E depois há uns bandidos, cujo verdadeiro objetivo é subverter a democracia em que vivemos", escreveu.
As críticas aos empresários em greve de fome começaram depois da divulgação de fotografias de Alberto Cabral, João Sotto-Mayor e João Almeida em carros de luxo e, no caso de um deles, num iate.
"Vai trabalhar. Vocês querem o dinheiro a fundo perdido, mas é para ir para o vosso bolso!", critica um seguidor no Instagram.
"Vendeste o teu iate para financiar essa árvore [de Natal]? Ou abdicaste só do spotzinho [lugarzinho] ali na marina de Belém?", questiona um seguidor de João Almeida no Instagram, ao que outro responde indignado. "Que comentário triste. Então agora ele só pode manifestar o seu descontentamento pelo que o governo está a fazer se perder todos os bens que conquistou com o seu esforço de trabalho durante anos? Perdoai-lhe senhor que ele não sabe o que diz".
Em protesto durante sete dias estavam nove empresários: Alberto Cabral, João Albino, Emanuel Cabral, Zé Gouveia, Carlos Saraiva, João Sotto Mayor, Ricardo Tavares, Ljubomir Stanisic e Rafaela Santos. Houve um 10.º manifestante que fez quatro dias de greve de fome. Christopher José fez uma visita ao grupo no domingo e decidiu juntar-se ao protesto.