
Convidada de Manuel Luís Goucha, Maria João Rosa contou esta manhã, 18 de junho, o pior dos seus dramas: assistir ao avançar da doença da mãe que lhe vai roubando as memórias.
"Já começou há uns anos e no início era uma coisa que se chama um ligeiro defeito cognitivo. No meu caso, de ligeiro não teve nada... foi logo um choque", começou por contar a pivô da TVI 24.
Para além da perda de memória, Maria João Rosa que esta é uma doença que altera a personalidade dos doentes. Revelou que enquanto a medicação não estava regulada, a mãe passou por uma fase de agressividade.
"As pessoas não têm noção. A parte da memória é só uma pequena fatia do Alzheimer. As pessoas mudam de comportamento, ficam agressivas, ficam paranóicas, pensam que toda a gente lhes quer fazer mal. É muito complicado para as pessoas próximas que cuidam... afeta muito os cuidadores", admitiu.
"A decisão mais difícil da minha vida foi pôr a minha mãe num lar. Sinto-me mais eu a mãe e ela a filha", acrescentou com muita mágoa no olhar. Contudo, avançou que ainda não perdeu a esperança de ter a sua mãe a viver consigo.
A jornalista contou ainda que esteve muito deprimida por causa deste problema e que ter uma mãe com esta doença é "como se fossemos órfãos em vida".