
"Não há vencedores nem perdedores. Há uma história que fica, provavelmente algumas aprendizagens que ambos os lados terão feito, e que todos nós, no meio disto tudo, fomos obrigados a fazer", é desta forma que Pedro Chagas Freitas começa por reagir à absolvição de Joana Marques no processo movido pelos Anjos.
Opina o escritor: "São, os três, pessoas que estão, como eu estou, como estamos todos (e ainda bem: Deus nos livre dos imaculados), longe da perfeição. Acho que é na consciência da distância da perfeição que está grande parte desta coisa de sermos pessoas. Estas três pessoas têm papéis diferentes, mas iguais num ponto (talvez o mais importante de todos): as três movem pessoas, influenciam pessoas, ajudam pessoas a sentir coisas, a encontrar caminhos, a cantar, a rir, a dançar. A viver."
Pedro Chagas Freitas refere ainda na publicação partilhada nas redes sociais: "A Joana, o Sérgio e o Nelson são gente que marca muita gente, com a coragem de quem se atira para um palco, para um microfone, para o escrutínio cada vez mais violento de quem os ouve."
E termina falando do ódio que inunda as redes sociais: "Eu gosto tanto de quem tem coragem, de quem faz, de quem sabe que vai levar pancada nas caixas de comentários, de quem sabe que os mestres do ódio os vão poder odiar mais, e mesmo assim ousam pensar pela sua cabeça, criar pela sua cabeça, decidir pela sua cabeça. Existir assim, sob a escuta e o dedo apontado de tantos juízes primários que há por aí, é um ato da mais profunda coragem. Estas três pessoas são corajosas. Que continuem a sê-lo", concluiu Pedro Chagas Freitas.