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Sem vergonha. José Raposo assume que não decora guiões porque tem mais que fazer: "Sou um calão, não trabalho gaita nenhuma"

O ator de 59 anos diz que nasceu com talento para a representação e que basta-lhe a intuição para desempenhar bem a sua profissão. José Raposo sem meias palavras.
06 de maio de 2022 às 16:43
Sara Barradas, José Raposo
Sara Barradas, José Raposo
Sara Barradas, José Raposo
Sara Barradas, José Raposo
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Sara Barradas, José Raposo
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Sara Barradas, José Raposo
Sara Barradas, José Raposo
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Sara Barradas, José Raposo
Sara Barradas, José Raposo
Sara Barradas, José Raposo
Sara Barradas, José Raposo
Sara Barradas, José Raposo

José Raposo, ator de 59 anos, é reconhecido com um dos atores com mais talento em Portugal. Faz teatro, revista, televisão... anda sempre numa roda vida mas assume, em entrevista à TV Guia, que odeia ensaiar e estudar os guiões, que apenas sublinha.

O marido de Sara Barradas, diz que tem mais que fazer na vida do que ler os guiões completos das novelas: "Tenho mais o que fazer. A vida é curta. Tenho uma família, teatro, outras atividades..."

Leia a entrevista completa na TV Guia, que está nas bancas.

Como nasce a paixão pela arte de representar?

Naturalmente. As pessoas que estão ligadas às artes têm esses dons, aptidões, desde miúdos. Depois, tem tudo que ver com a família, com os incentivos que se têm, ou não. O meu pai era ator amador e sempre teve uma grande paixão pelo teatro. Incentivava-me, levava-me a ver peças. Na escola, eu fazia imitações, a malta achava graça. Quando os meus pais vieram de Angola, fomos viver para a Cruz de Pau. Estudei no Seixal e em Almada e, aí, ia muito com o meu pai à Academia Almadense. Havia também um grupo de teatro amador na Cova da Piedade... e fui lá parar, já não sei bem como. Estava fascinado!

Sentiu aí que ia ser ator?

Sei que é muito bonito dizer essas coisas... mas não. São apelos naturais. Digo sempre que um ator, um escultor, um bailarino, um músico, um cantor, qualquer pessoa ligada a uma arte, tem de ter um dom: o talento. Nasce com as pessoas, não se aprende.

Não se aprende?

Não se aprende coisa nenhuma.

Há colegas que discordam de si.

Pois há, mas acho isso estranho. Então éramos todos atores, que isto é muito giro! É um dom que se tem, é uma intuição. Como se tem para se ser jornalista, médico, para ser o que for. As pessoas vão é muitas vezes para uma profissão para a qual não têm vocação.

E não acha que isso acontece cada vez mais na sua profissão?

Isso é outra discussão. Muitas vezes, as pessoas são induzidas em erro porque são empurradas para estas áreas artísticas pelos pais, que adoram que os filhos sejam famosos.

Fazer pouco, ser famoso e ganhar muito dinheiro.

Acima de tudo, o ser famoso. Acham que o giro é aparecer e depois ganhar dinheiro. Essas ideias estão erradas. As pessoas ou têm ou não têm talento. Tenho dois filhos atores [Miguel, 36 anos, e Ricardo, 29] e ambos com muito talento natural. Cantam, dançam... Olhe, têm mais talento do que eu.

Têm?

Claro. Não tenho dúvidas nenhumas.

Isso é o amor de pai a falar.

Não é, não. Basta perguntar a alguns colegas que já os viram a trabalhar.

O José Raposo é um dos melhores atores portugueses, com 40 anos de carreira, sempre num patamar elevado...

[Interrompe] Obrigado! Trabalho no dia a dia, mas nunca trabalhei para ser ator. Nada. Não fiz cursos. Foi acontecendo. Acima de tudo, no meu caso, tenho essa intuição boa para a representação. Tenho esse talento, e as pessoas mais próximas sabem disso. Sou calão, não trabalho gaita nenhuma. Não gosto muito de ensaiar, como os atores.

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As imagens de Sara Barradas a visitar a mãe na prisão

E decorar textos?

Também não, odeio decorar textos.

Não leva os guiões da novela para casa?

Levo, porque, pelo menos, tenho de sublinhar as falas. É a única coisa que faço. Depois, isso é diferente para o teatro, para a televisão... São métodos! Há atores que têm de estar ali a decorar tudo certinho, eu não.

Tira a ideia e depois improvisa?

Nem sequer tiro a ideia. Confio nas pessoas que desenvolvem um trabalho específico, seja em TV, teatro ou cinema, que são os guionistas, os realizadores, os diretores de atores e as anotadoras, e que nos ajudam. No meu caso, tenho de estar sempre a perguntar o que aconteceu, quem é quem... Ponho-me na situação, no momento, não tenho de estar a decorar. Improviso.

Mas nem todos são assim.

Sim. Há quem leia os guiões todos para uma novela e saiba a história. Tenho mais o que fazer. A vida é curta. Tenho uma família, teatro, outras atividades...

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