
Fechadas as contas do ano, é hora de olhar para o futuro. 2024 vai arrancar em condições muito diferentes dos anos anteriores. Pelo que conheço do mercado, pelas movimentações das empresas de media e pela natural instabilidade que o ciclo político aplica à RTP, sou levado a admitir que o ano que vem poderá trazer três movimentos principais, um dos quais representa a continuação do que já vem de trás, mas dois outros constituirão, a concretizarem-se, novidades relevantes. O movimento que vem de trás será a progressiva queda de audiência dos generalistas, substituídos pelos principais canais de cabo e outras formas de ver televisão. Esse desgaste será eventualmente mais acentuado por uma RTP outra vez em crise de indefinição de objetivos e de meios para os atingir. Isso vai certamente continuar em 2024. As duas novidades dizem respeito à luta de audiências. Primeira: muito dificilmente a SIC voltará a ganhar todos os meses do ano. A TVI tem todas as condições para ganhar várias vezes. Este ano já houve diversas ameaças, e a resistência da SIC, sem condições orçamentais para melhorar, não será eterna. Segunda novidade: dependendo de se saber em que fase do ano a SIC irá sucumbir às crescentes dificuldades orçamentais, e até que ponto a TVI conseguirá reformular as suas estruturas de modo a ter condições para ganhar, o ano que vem pode representar nova mudança de ciclo, com Queluz de Baixo de regresso à liderança. Cá estaremos para analisar tudo, ao longo do ano novo, que pode ser o ano da TVI.
O movimento que vem de trás será a progressiva queda de audiência dos generalistas, substituídos pelos principais canais de cabo e outras formas de ver televisão. Esse desgaste será eventualmente mais acentuado por uma RTP outra vez em crise de indefinição de objetivos e de meios para os atingir. Isso vai certamente continuar em 2024.
As duas novidades dizem respeito à luta de audiências. Primeira: muito dificilmente a SIC voltará a ganhar todos os meses do ano. A TVI tem todas as condições para ganhar várias vezes. Este ano já houve diversas ameaças, e a resistência da SIC, sem condições orçamentais para melhorar, não será eterna. Segunda novidade: dependendo de se saber em que fase do ano a SIC irá sucumbir às crescentes dificuldades orçamentais, e até que ponto a TVI conseguirá reformular as suas estruturas de modo a ter condições para ganhar, o ano que vem pode representar nova mudança de ciclo, com Queluz de Baixo de regresso à liderança. Cá estaremos para analisar tudo, ao longo do ano novo, que pode ser o ano da TVI.
PROGRAMAÇÃO - SALA CHEIA
A iniciativa de levar o programa de Araújo Pereira para fora do estúdio é louvável. Organizar a emissão no Interior do País é ainda mais relevante. A emissão no Fundão contou com casa cheia, o que impressiona, e, desde logo, garante o espetáculo televisivo. A equipa parece ter assumido uma missão de se constituir como programa de sátira política, e agora praticamente só brinca como PR, com o PM, com governantes, autarcas e demais figuras políticas. Por vezes, resulta, e o período eleitoral pode justificar. Mas vai acentuar a intermitência da qualidade do humor produzido.
INFORMAÇÃO - INSULARIDADE
O arquipélago dos Açores está em crise política, o Governo Regional está em risco, e, quando escrevo, o Presidente prepara-se para marcar eleições antecipadas, que serão antes das Legislativas de 10 de março. Pois bem: o interesse nacional do que se passa nos Açores, quer por ser parte de pleno direito do País, quer pela particularidade de viver uma experiência de governação à direita, como a República pode, também, vir a assistir, justificava maior atenção dos nossos canais generalistas. Ora, na verdade, o que se passa nos Açores é sempre uma surpresa para os espectadores continentais, e não devia ser.
SOBE - CLARA DE SOUSA
Uma boa entrevista ao médico no centro do escândalo das gémeas, que até se deu ao luxo de elogiar a jornalista, sem que esta se deixasse intimidar.
SOBE - MARQUES MENDES
Foi das primeiras vozes na televisão portuguesa a defender Marcelo Rebelo de Sousa, debaixo de fogo por estes dias. Os apoiantes do Presidente devem aparecer nas horas difíceis.
DESCE - LJUBOMIR STANISIC
A nova série de 'Hell’s Kitchen' prometeu mais do que rendeu, no final. O sucesso obtido pelo 'Pesadelo na Cozinha', da TVI, continua a ser irrepetível.