
Cada vez mais dinheiro para cima do problema, sem que haja a mínima pista sobre como resolver um problema simples: a pirâmide de despesa da RTP não pára de crescer. Este é o resumo dos dados conhecidos do orçamento do Estado sobre o financiamento da televisão do Estado, que vai receber mais cerca de 16 milhões de euros que no ano anterior, num total calculado de 272 milhões. Esta montanha de dinheiro vem diretamente da cobrança aos consumidores domésticos de eletricidade da chamada CAV, a contribuição para o audiovisual, obrigatoriamente associada à fatura da luz, e há de juntar-se às receitas publicitárias do canal 1, à razão de um máximo de 6 minutos de anúncios por hora, para tentar pagar as contas todas da empresa pública. Já este ano, o "Livro Branco sobre o Serviço Público de Rádio e Televisão" estudou a melhor forma de organizar esses serviços, mas evitou o debate sobre o dinheiro para os pagar. O orçamento do Estado, no que à RTP diz respeito, mostra que 2024 será mais um ano perdido. Tarde ou cedo, Portugal terá de enfrentar este dilema: como viabilizar o serviço público de televisão? Concessionar as valências principais a estações privadas que as possam assegurar com qualidade a preços competitivos, ou manter tudo na RTP e arranjar uma forma de pagar a despesa? Se a escolha for a segunda opção, não é crível que a empresa consiga baixar os custos e fazer televisão a preços competitivos. Devemos ter consciência do seguinte: manter o serviço público de televisão na RTP vai obrigar, tarde ou cedo, a pagar a despesa com os nossos impostos. Estaremos disponíveis para fazer do serviço público de televisão mais um sorvedouro dos dinheiros públicos?
Já este ano, o "Livro Branco sobre o Serviço Público de Rádio e Televisão" estudou a melhor forma de organizar esses serviços, mas evitou o debate sobre o dinheiro para os pagar. O orçamento do Estado, no que à RTP diz respeito, mostra que 2024 será mais um ano perdido. Tarde ou cedo, Portugal terá de enfrentar este dilema: como viabilizar o serviço público de televisão? Concessionar as valências principais a estações privadas que as possam assegurar com qualidade a preços competitivos, ou manter tudo na RTP e arranjar uma forma de pagar a despesa? Se a escolha for a segunda opção, não é crível que a empresa consiga baixar os custos e fazer televisão a preços competitivos. Devemos ter consciência do seguinte: manter o serviço público de televisão na RTP vai obrigar, tarde ou cedo, a pagar a despesa com os nossos impostos. Estaremos disponíveis para fazer do serviço público de televisão mais um sorvedouro dos dinheiros públicos?
PROGRAMAÇÃO - DUELO JUSTO
O que atrai no novo programa do chef Ljubomir é que se trata de um duelo muito mais equilibrado do que os do passado. Desta vez o cozinheiro rezingão zanga-se com personagens famosas, que parecem ser capazes de receber as críticas, e até um ou outro achincalho, com maior equilíbrio do que os humildes proprietários de restaurantes que eram estraçalhados durante o 'Pesadelo na Cozinha'. E o público gosta destes duelos olhos nos olhos. Um sucesso.
INFORMAÇÃO - BENEVIDES E O PERCEVEJO
Trata-se, provavelmente, do único pivot de um jornal principal que aceita fazer em vivo, em direto, o retrato de uma praga. São inesquecíveis os cinco minutos no 'Jornal Nacional' sobre o percevejo, as suas características, as consequências do contacto com o animal e a melhor forma de as evitar. Os detratores irão gozar com Benevides, jornalista jovem que enfrenta o grande desafio da sua carreira ao apresentar um noticiário de horário nobre. Os elogios irão centrar-se, pelo contrário, na forma descomplexada como ele aceita correr o risco do ridículo. O espectador que julgue – a gravação está nas boxes. Foi sábado passado, no horário nobre da TVI.
SOBE - RICARDO COSTA
As novidades da SIC Notícias põem o canal a crescer este mês. Há muito a corrigir, mas os sinais são positivos.
DESCE - CATARINA FURTADO
Passa-se alguma coisa com o formato 'The Voice'. O novo júri não cria empatia. A apresentadora, em forma, aparece aqui unicamente como o rosto de uma temporada que não está a correr bem. É preciso mudar antes da fase final. Ajustar o júri?
DESCE - RICARDO ARAÚJO PEREIRA
O programa de humor mais relevante da televisão portuguesa está numa crise de criatividade. As últimas emissões têm repisado os mesmos temas e os mesmos protagonistas, mas com quebra de qualidade. Vale o apresentador ser bom ator. É preciso agitar a equipa.