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Pedro Chagas Freitas
Pedro Chagas Freitas COMO F***DER UM CASAMENTO Manual Prático para Mul

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O amor é...

...a melhor consequência da inconsequência.
09 de abril de 2019 às 13:09
Pedro Chagas Freitas, Dicionário do Amor, crónica, amor, escritor
Pedro Chagas Freitas, Dicionário do Amor, crónica, amor, escritor

[a explicação da inconsequência]

"Verdade ou Consequência": um jogo que as pessoas julgam ter inventado, mas que foi inventado, qualquer adulto o saberá, quando a raça humana foi inventada, por alguém que eu espero sinceramente que tenha sido Deus, pois se há algo que sabemos desde sempre é que as nossas verdades têm consequências, as mentiras também, tudo o que fazemos pode acabar dessa mesma maneira, podemos dizer "amor ou consequência", "coragem ou consequência", "medo ou consequência", tudo tem a sua consequência e é por isso que eu acredito, não sei se concordam, que a inconsequência está subvalorizada, é dela que vêm os momentos inesquecíveis, eu não me esqueço disso.

[a explicação da sapiência]

Os putos é que a sabem toda, são uma evolução, um up-grade, a versão 5.0 ou 6.0 dos adultos, infelizmente só o saberemos quando já for tarde demais, quando já tivermos uma criança no que somos e um velho no que o corpo é, salve-se a tempo quem puder.

[a explicação da desgraça]

A tecnologia é a desgraça dos tempos modernos, um ópio legal, criador de viciados por todos os cantos do planeta, quão geniais temos de ser para conseguirmos criar cantos em algo que é redondo? Os gurus da tecnologia são os senhores do globo, os todo-poderosos. Com um clique matam milhares a milhares de quilómetros, com outro clique sabem tudo sobre uma pessoa, com outro clique ficam milionários, cheios de um dinheiro que ninguém vê mas que ordena como o dinheiro que se vê. São milhões os que, a cada momento, estão, ansiosos, à espera do novo gadget, da nova invenção, da nova next big thing, daquilo que vai esconder, durante mais uns tempos, o obsceno vazio que são as suas vidas. A tecnologia serve os humanos, mas são milhões os que a servem a ela, numa relação de espelhos em que só um dos lados se entrega, o outro vai apenas observando, de sorriso nos lábios, a cada vez maior vulnerabilidade do outro. A tecnologia é uma forma de felicidade que se compra, tirem dessa afirmação o que conseguirem. Todos querem ser os primeiros a experimentar o novo software, para poderem depois partilhar numa rede social e com isso, claro, estarem a fazer um favor a toda a indústria, porque ao ver um amigo com um brinquedo novo eu também o vou querer, e depois o meu amigo vai querer o brinquedo que eu também vou fazer de questão de mostrar aos meus amigos, e é assim que o sistema anda, daqui para ali, de imbecil para idiota, de palerma para panhonha, numa corrente que não cessa, mais, mais, mais, queremos mais evoluções, mais software, mais invasão, e menos privacidade, menos independência, menos capacidade para, se necessário, viver só com o essencial; reformulando: vamos continuar, haja o que houver, a viver sempre com o essencial; o essencial é que vai mudando dentro da composição que dele fazemos.

Seta: s.f. O que casa na perfeição com o alvo; todos são alvos, mas só alguns encontram a companhia certa.

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