
1. A SIC venceu março à TVI, o que acontece pelo segundo mês consecutivo, por um ponto de diferença. Estão todos de parabéns em Paço de Arcos, desde o diretor ao segurança. Mas Francisco Pedro Balsemão, o presidente do grupo Impresa, está acima de todos: afinal, é o cérebro de toda a estratégia vitoriosa, que começou com a contratação de Cristina Ferreira em agosto de 2018, da sua total responsabilidade. Este foi o primeiro passo para destronar o rival da liderança, ao fim de mais de 10 anos, e para catapultar a estação para um lugar que já foi seu na década de 90. Eis a verdade, doa a quem doer. Discreto, sem vaidades, Francisco está a fazer (bem) o seu caminho… para pai ver.
Hoje, portanto, já ninguém ousa questionar o salário de Cristina Ferreira na SIC. O que são 80 mil euros, que a estação paga mensalmente à apresentadora, quando esta chegou viu e venceu de uma forma tão arrebatadora? Fruto do seu trabalho, talento e sagacidade, limpou o antigo amigo Manuel Luís Goucha, nas manhãs, de uma maneira irrepreensível, fazendo parecer que é fácil o que era difícil, e empurrou todos os programas da estação de Paço de Arcos nos horários seguintes para níveis nunca alcançados. Mais: Cristina Ferreira ressuscitou profissionais, como Júlia Pinheiro, e está a dar dimensão a outros, como Cláudio Ramos. Este é o pequeno balanço que se pode fazer de três meses, e termino com mais uma pergunta: o que são 80 mil euros, que a estação paga mensalmente à apresentadora, quando esta lhe começa a dar milhares e milhares de euros?
2. Ver um antigo embaixador e antigo secretário de Estado do Assuntos Europeus chamar "javardo" a Sérgio Conceição no Twitter, como fez Francisco Seixas da Costa, é – vou ser simpático – triste. Muito triste, quando ainda por cima integra o Conselho Geral Independente, órgão social da RTP. Tal como é triste ouvir, como aconteceu ainda esta semana no 'Opinião Pública' (SIC Notícias), um especialista em transportes dizer, acerca da redução do preço dos passes, com ou sem ironia, que "isto é muito bom porque as pessoas vão ter mais dinheiro para comprarem leite, tabaco e droga". Continuamos a brincar com coisas sérias. Não é, Carlos Daniel e RTP?