Se o sol não tem ajudado a acreditarmos que a estação quente já foi oficialmente inaugurada, as notícias que nos chegam garantem que a época da parvoeira está de volta em todo o seu esplendor e alegria.
Se 'The Voice' já é um dos melhores programas de entretenimento em Portugal, pautando-se pelo rigor, pela procura da qualidade musical, sem apelar a facilitismos nem cair em "qualquer coisa basta", a sua versão infantil ganha por ser ainda mais emotiva.
Este é aquele momento em que nos perguntamos: para onde estamos a caminhar? Estamos na era dos chicos-espertos que fazem qualquer coisa para ter mais fama, ganhar mais dinheiro, sem olhar sob si próprio e sob os seus talentos?
Bruna é uma menina inteligente: sabe que tem de valer por si, não por estar ao lado deste ou daquele. É senhora do seu nariz e até se pode fazer de tonta ou fofinha, volta e meia, mas está a perceber tudo o que se passa à sua volta.
O 'Big Brother – Desafio Final' termina esta semana e a novela que deveria estar a resultar nos finais de tarde para substituir, tranquilamente, os 'Extra' do 'Big Brother' transformou-se num problema por não ter as audiências esperadas.
Viramos para a RTP, voltamos às bases, e quem nos surge no ecrã: Salvador Sobral. Esse mesmo, o vencedor do Festival da Eurovisão, o que não gosta de dar entrevistas nem de falar sobre si. O que compõe muito e fala pouco. O músico que não tem lugar numa televisão que olha cada vez mais para a música popular (não quero chamar-lhe pimba, por respeito à que não é) e cada vez menos a outros géneros e nomes de primeira linha.
E a pergunta que se coloca é: então e alternativa, não há? E opção? E por que razão tem de ser tudo igual? Já se pensou que, se calhar, é por isso – e não por parecerem "novelas" – que os noticiários são líderes de audiência?
Piet-Hein Bakker esclarece que ter milhares de seguidores nas redes sociais não faz de ninguém um ator, muito menos um grande ator. Desta forma, o novo homem de confiança de Moniz acaba com as polémicas sobre participações de figuras públicas em novelas – o exemplo maior dos últimos tempos foi Futre em Rua das Flores.
Ricardo Landum merece uma referência com vénia. É um dos nomes incontornáveis da música popular portuguesa. Já não se fazem "Landuns" como antigamente. Autores que falem dos amargos de boca do amor, das traições que arrasam, dos amores impossíveis, da vida como ela é, no mais incrível mas também no mais violento. Romantismo, na sua génese.
Se escolhesse ficar em Portugal e entregar-se a Bernardo, perdia a sua independência, se fosse embora para o Brasil, arriscava-se a perder Bernardo. Então Bruna "empurrou com a barriga" e assim ganhou tempo para perceber o que sente pelo namorado que conheceu na casa.
Eunice era de sorriso fácil, voz doce, mas sobretudo sabia dar importância ao que contava e desvalorizar o superficial. Preocupou-se sempre com uma coisa: mostrar o seu talento onde quer que fosse.
A TVI fez o que tinha a fazer e virou o jogo. O que fez? Simples: atacou a estreia de um programa no qual a SIC depositava muitas esperanças – 'Ídolos' – com uma gala extra de 'Big Brother Famosos.'