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Luísa Jeremias
Luísa Jeremias No meu Sofá

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Pensar com a cabeça e não com o coração

Cristina Ferreira terá já encomendado uma novela para o horário de acesso ao prime time ao argumentista de 'Festa é Festa'. A questão aqui não é a escolha do autor – é do modelo, uma fórmula eficaz e com provas dadas, e do género: comédia.
06 de novembro de 2021 às 07:00
Festa é Festa, TVI, novela
Festa é Festa, TVI, novela

1. Em televisão está, basicamente, tudo inventado. Há fórmulas que funcionam, há horários que têm vícios, o público gosta de poucas surpresas e manter os seus hábitos sem perturbações. É por isso que não vale a pena inventar muito. Inovar sim, fazer criações "porque sim" só serve para perder tempo e dinheiro ao acionista. De forma que é de saudar a boa notícia que a TVGuia dá esta semana, na primeira página da revista: Cristina Ferreira terá já encomendado uma novela para o horário de acesso ao prime time (antes do Jornal da Noite) ao argumentista de Festa é Festa. A questão aqui não é a escolha do autor – é do modelo (novela em vez de um programa de conversas de brincadeiras), uma fórmula eficaz e com provas dadas, e do género: comédia.

Festa é Festa é, na verdade, a típica novela de entretenimento puro para ser vista nesse horário: é leve, é divertida, tem uma história que não cansa nem obriga a estar colado ao ecrã o tempo todo... Resumindo: funciona. E como funciona, mas como já tem horário reservado – dados os bons resultados – então toca a repetir o formato e, segundo a direção de Entretenimento, a autoria. É "mais do mesmo"? Pode até ser. Mas se resulta, a TVI vai andar a inventar para quê?Levanta questões "ético-estratégicas" de para onde caminha a ficção? Sem dúvida. Mas essa não é a discussão. A discussão é: a TVI precisa de resolver de uma vez por todos os "gatos" na grelha. E este continua a ser um deles. Se for esta a solução, parabéns. Deixou o ego de lado e agiu certeira.

2. Estreou esta semana Sementes de Esperança na SIC. Não teve o alarido de outros formatos, não teve o "esticanço" que poderia ser previsível para arrancar boas audiências alavancado pela história impressionante comovente do clã Carreira. Foi digno, foi bem feito, bem realizado, contou histórias. Não caiu na lamechice mas foi emocionante. E mostrou que, quando se quer, é possível fazer boa televisão com temas, por vezes, sensíveis como é este. Daniel Oliveira jogou certo: fez o contrato certo, no momento certo, resolveu, encantou e garantiu o que necessitava sem rótulos menos bonitos. Aos Carreira por tornarem das fraquezas forças e à SIC pela objetividade, chapeau!.

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