
1. Cristina Ferreira sorri finalmente. Até que enfim um programa em que entrou conseguiu ser líder destacado e esmagar a concorrência. O sucesso seria mesmo sucesso, porém, se tivesse sido criação sua. Para quem chegou anunciando que uma revolução iria acontecer, talvez seja traumatizante obter um êxito apenas porque o passado lho entregou de mão beijada. Irónico ser um formato estreado há 20 anos a abrir-lhe a porta. Ele e Bruno de Carvalho. Será bom que a apresentadora o segure. Sem o ex-presidente do Sporting, provavelmente a audiência não chega a 1 milhão de espectadores...
Para já, no primeiro duelo de Cristina com Ljubomir Stanisic, o resultado não poderia ter sido melhor para a TVI: o ‘Big Brother Famosos’, mesmo com um elenco fraquinho, deu uma coça ao ‘Hell’s Kitchen’, que já há muito deixou de surpreender – e ainda vamos só na 2ª temporada. Daniel Oliveira, que adora jogar xadrez, parece ter assim mais um problema (caro) para resolver na SIC, a juntar a um outro chamado Bruno Nogueira. Afinal, perder por 400 mil espectadores ao domingo à noite é preocupante.
2. Volto a Cristina Ferreira, que vestiu a pele de "Menino Jesus" nos últimos dias de 2021, desfazendo-se em longos elogios a vários profissionais que trabalham consigo na TVI. Um deles foi Hugo Andrade, agora diretor-geral da estação. "É, talvez, a pessoa que mais me surpreendeu em muitos anos de televisão… É doce, gentil, bem-educado, honesto, de confiança. O líder." Vá lá, nunca é tarde. Quando Cristina regressou a Queluz de Baixo, em setembro de 2020, Hugo, então diretor de Conteúdos e Inovação, foi colocado na prateleira, esvaziado de poder, tanta era a sua vontade de mudar por mudar e achar (mal, obviamente) que só "os seus" é que sabem da poda.
3. Segunda-feira, dia 3, 19:16. Hospital Ortopédico de Sant’Ana, na Parede. A televisão estava sintonizada num canal de notícias, e a minha mãe – operada a um joelho – pede-me para ir buscar o comando e mudar para a RTP1. Porquê? A parceira de quarto, de 87 anos, gosta de ver ‘O Preço Certo’. Quando terminou a visita e eu vinha no caminho para casa, pela Marginal, dei comigo a pensar: "O Fernando não imagina a dimensão que tem no País…". Parabéns, amigo.