
1. Dizem-me que "não esteve quase ninguém" no velório e no funeral de João Ricardo. Achei estranho, pois, nas redes sociais, foi uma multidão, entre colegas, amigos e familiares, a confessar o seu amor e admiração pelo actor, de 53 anos, vítima de cancro na cabeça. Mas isso agora não interessa nada, como disse uma vez, há muito tempo, Teresa Guilherme, curiosamente sua ex-namorada. Conheci João Ricardo no final de Maio de 2010, não sei precisar a data, no Jardim de São Pedro de Alcântara, em Lisboa.
Sei que, nas ‘Conversas de Café’, então uma rubrica mensal da TV Guia, onde juntávamos três personalidades da televisão para debaterem um tema da actualidade, conheci um homem que pensava no "nós". E não no "eu", como muitos que andam por aí a brilhar, à custa de um marketing bem conseguido, e que não lhe chegam aos calcanhares a representar.
João Ricardo era um homem solidário, preocupado com o bem-estar dos outros, dos novos aos velhos, atento à grave crise de valores que tomou conta do mundo, cansado de as injustiças incidirem sempre em cima dos mesmos, os mais desfavorecidos. João Ricardo era um homem bom, afinal, como bem sabem Rogério Samora e Manuela Couto, as duas ilustres testemunhas deste nosso encontro, há mais de sete anos. Abraço, caro João, até qualquer dia.
2. Rita Pereira foi desmentida dias depois pela TVI, estação para a qual trabalha e de quem recebe mensalmente um ordenado milionário: mais de 10 mil euros. Disse ela, agora a integrar o elenco de ‘A Herdeira’, que só podia engravidar quando, em Queluz de Baixo, a deixassem. À TV Guia, Helena Forjaz, directora de Comunicação, esclareceu que "ela pode ser mãe quando bem quiser". Obviamente que assim é. Como se explica, então, esta nova polémica à volta da actriz? Lá está, se calhar, por o "eu", neste caso, ser maior do que o "nós"…
3. A RTP, pela voz de Daniel Deusdado, director de Programas, tem 12 séries para 2018. Além disso, vai avançar com as gravações de uma novela. É caso para dizer: o que sobra em dinheiro e ideias falta em audiências. Poucos vêem esta ficção da estação pública.
* O autor desta crónica escreve de acordo com a antiga ortografia.