
1. Na guerra dos 'reality shows' ao domingo, e ao fim de uma semana no ecrã, o balanço é fácil de fazer, a julgar pelas audiências: o da SIC, ‘Quem Quer Namorar com o Agricultor?’, encantou muito mais os espectadores do que o da TVI, ‘Quem Quer Casar com o Meu Filho?’, e, salvo qualquer hecatombe, irá ser assim até ao último episódio. Mérito de Andreia Rodrigues? Não, porque a sua importância é quase nula. É mérito, sim, do casting dos concorrentes, da produção e edição, que dão uma dinâmica tremenda ao formato.
2. Após ter perdido um mês para a SIC, o de fevereiro, e que acontece ao fim de 12 anos e meio, a TVI prepara-se para ver a estação de Paço de Arcos vencer outra vez, em março, mas agora por uma diferença maior. Numa espiral negativa, os erros sucedem-se. Eis quatro exemplos recentes de como se está a trabalhar (mal) em Queluz de Baixo: permitir que uma das suas estrelas exclusivas, Rita Pereira, vá ajudar Cristina Ferreira a somar fãs; estrear um reality, ‘Quem Quer Casar com o Meu Filho?’, sem o dar a conhecer à imprensa, que o faria "vender" aos portugueses através das revistas e dos jornais; dar inesperadamente um especial de outro reality, ‘Começar do Zero’, no mesmo dia; e, por fim, andar a trocar o horário dos diários de ‘Quem Quer Casar com o Meu Filho?’ – pode ser tanto às 18:18, na segunda, como às 19:16, na terça. Uma confusão dos diabos, numa casa que tem Rosa Cullell, a dona daquilo tudo, José Eduardo Moniz, que dispensa apresentações, e Bruno Santos, o diretor-geral, com muita tarimba.
3. Duarte Siopa, com um currículo que passa pelos canais generalistas – RTP (16 anos), SIC (2) e TVI (1) –, esteve fora da televisão durante três anos e brilha hoje na CMTV, que acreditou no seu potencial e lhe deu dois formatos: ‘Flash! Vidas’, de segunda a sexta, e ‘Separados pela Vida’, aos sábados – com repetição às quartas. Este último recorda-me ‘Ponto de Encontro’, da SIC, de Henrique Mendes, que faz parte da história da nossa TV, e prova que a esperança, a amizade, a paz e a felicidade são possíveis. Que o diga o apresentador, que chora, sofre, sorri e ajuda na resolução dos conflitos entre familiares e amigos que lhe surgem no estúdio. Veja, caro leitor/a, e confirme-o, que vale a pena.