
1. Esqueçamos os negócios de empresária, que nada me interessam. Como é que se explica o sucesso de Cristina Ferreira na televisão portuguesa? Vou dar um exemplo, que se passou comigo esta semana. Após uma aula de natação da Leonor, o treinador – oficial da Marinha, de 30 e poucos anos – veio ter comigo e perguntou-me assim, mais palavra, menos palavra: "Bom dia, como está? Quem é que está a ganhar essa guerra das audiências entre a Cristina e o Goucha?" O Rui sabe que sou jornalista, daí a questão.
Percebi, portanto, o interesse e expliquei-lhe que era a Cristina. E que estava a ganhar as manhãs por muitos, empurrando a SIC para perto da liderança, algo que não acontece há 15 anos. A surpresa veio depois: o Rui termina a conversa deste modo – rápida, que a Leonor já estava pronta e queria ir almoçar: "Sabe, como só se ouve falar da Cristina, dou comigo a chegar a casa e a ‘rebobinar’ para ver o programa dela. Eh, pá, e aquilo é giro." Fiquei a pensar… e não há dúvidas: apontem-lhe os defeitos que quiserem, continuem a chamar-lhe a Saloia da Malveira, que ela é um verdadeiro fenómeno.
E talvez assim se explique a diferença de números entre Cristina Ferreira e Manuel Luís Goucha em 17 dias de puro combate nas manhãs da televisão portuguesa: 3 milhões e 686 mil espectadores. Esta é que é a realidade, nua e crua, dos factos. Por muito que doa em Queluz de Baixo.2. Por falar em Queluz de Baixo, não há ninguém com responsabilidades na TVI que chame Maria Cerqueira Gomes e lhe diga que já não está no Porto Canal, que esta guerra é para ser levada a sério? Que há muitos milhões em jogo? Não faz sentido a apresentadora andar a pôr likes em publicações de colegas da concorrência nas redes sociais. Não faz.
Sim, estou a falar do caso concreto de Débora Monteiro, a DJ de Lip Sync, que publicou uma foto sobre o concurso de playback da SIC, e a parceira de Goucha foi lá escrever "top". Para mim, são verdadeiros tiros nos pés. Como, aliás, o de Rita Pereira na segunda-feira, dia 28, quando entrou em direto no Passadeira Vermelha para falar da polémica à volta da sua banha. A propósito: tiro o chapéu a Cláudio Ramos, que vai conseguindo (e bem) estes exclusivos para a estação de Paço de Arcos.