
A transferência milionária de Cristina Ferreira para a SIC, sobre a qual muito ainda se irá escrever no futuro, é o corolário do trabalho desenvolvido pela apresentadora nos últimos 16 anos.
Dedicada, a apresentadora soube aproveitar cada oportunidade até à última gota e para o seu crescimento enquanto profissional muito contribuiu a parelha com Manuel Luís Goucha, simbiose que fui acompanhando bem de perto.
Para já, muito se tem especulado sobre a falta que Cristina fará a Goucha e consequentemente ao Você na TV. Aos mais incautos recordo que à nova aposta da SIC, também irá faltar o experiente apresentador. E no final das contas o resultado nas audiências pode vir a ser surpreendente.
Mas o talento inato de Cristina Ferreira não pode ofuscar, nem tão pouco fazer esquecer o trabalho e o empenho de quem a "esculpiu". Em televisão, como em qualquer outra profissão, ninguém cresce sozinho. Foi como repórter que Cristina Ferreira se estreou na TVI e existem três pessoas, que tenho o privilégio de conhecer, decisivas para a sua evolução na área do entretenimento.
Cláudia Rodrigues, coordenadora de conteúdos, Artur Moura, editor e mais recentemente Paula Ramos, também ela editora, estão directamente ligados à carreira brilhante da rainha da Malveira. Eles fazem parte do núcleo dos profissionais "invisíveis", que trabalham nos bastidores a pensar em conteúdos e a "soprar" ao ouvido de quem brilha no plateau.
A nova coqueluche da SIC tem humildade de sobra para aceitar as minhas palavras. Sem o Manuel Luís, a Cláudia, o Artur e a Paula, a Cristina Ferreira poderia vir a transformar-se numa grande estrela de televisão. Mas nunca seria a mesma coisa sem os "escultores" que se cruzaram na sua vida.