
Há uma grande confusão em redor do uso ou não de máscaras de forma generalização para o combate à pandemia do novo coronavírus. Até aqui a Organização Mundial de Saúde e a Direção-Geral de Saúde têm defendido que as máscaras não são uma prioridade para travar a disseminação do vírus.
Na sexta-feira, houve uma reviravolta com a OMS a reconhecer a razão aos asiáticos quanto ao uso massivo das máscaras. O diretor executivo da OMS, Mike Ryan, assumiu pela primeira vez que a utilização de máscaras caseiras, em algumas circunstâncias, pode ser parte de uma estratégia no combate à Covid-19.
Por cá, também o infecciologista Jaime Nina, do Hospital Egas Moniz, insiste na importância de tapar as vias respiratórias para travar o contágio. No 'Sexta às 9' de Sandra Felgueiras, o especialista começou por referir que o País atrasou-se a equipar-se. "Continuamos a não ter máscaras. Compramos máscaras, porquê? Com tantas empresas têxteis que estão à beira da falência, fechadas, porque é que o Governo não requisita três ou quatro empresas e as põe a produzir máscaras?", interroga-se.
Mas, na falta dos equipamentos apropriados Jaime Nina defende que se devem usar alternativas caseiras. "Se podermos diminuir a dispersão do vírus, desde o escafandro até uma echarpe ou um cachecol colocados em frente às vias respiratórias, estamos a diminuir imenso a quantidade de vírus que andam no ar", referiu em declarações ao 'DN'.