Photoshop? Só com indicação. A decisão do governo norueguês que visa os padrões irrealistas de beleza
Influencers norueguesas aplaudiram a medida, assinalando que não se pode permitir que os jovens cresçam com ideais inatingíveis de beleza, pedindo ainda celeridade na entrada em vigor da lei, algo que depende do monarca da Noruega, Haroldo V.
Num mundo onde cada vez mais assumem preponderância as redes sociais, é expectável o surgimento de políticas que pretendam visar esta nossa nova realidade virtual. É o caso da Noruega, onde, através da adaptação da legislação existente, passa a ser proibida a manipulação de fotografias sem a devida indicação.
O intuito desta alteração à lei de marketing de 2009, obra do Ministério dos Assuntos Familiares e das Crianças, é o de abordar os padrões irrealistas de beleza na sociedade, o ‘kroppspress’: "Os jovens estão expostos a uma pressão enorme para parecer bem através da publicidade e das redes sociais e os modelos que são exibidos são frequentemente retocados de forma digital", explicou o próprio ministério em comunicado, assinalando que "a anorexia é a terceira causa mais comum de morte entre as jovens."
Em declarações à publicação norueguesa ‘VG’, várias influencers norueguesas elogiaram a medida: "Os jovens estão a crescer com um ideal de beleza que é improvável de ser atingido e isto vai ajudá-los a perceber que isto não é a aparência real das pessoas", explicou Agnete Husebye, considerada a influencer do ano na Noruega em 2019. Também Martine Halvorsen, outra jovem com uma presença digital significativa, afirmou que "o facto de que nós nos retocamos e apresentamos uma realidade que não existe é triste, digamos sim à pele e aos corpos reais", enquanto que Anniken Jørgensen argumenta que "os filtros deviam ser divertidos, algo sobre o qual te possas rir, não usados para criar um ideal falso de beleza."
É também pedido que esta regra seja aplicada a todas as publicações, não só aquelas envolvendo conteúdos publicitários e que haja celeridade na entrada em vigor desta nova