EXCLUSIVO. Gustavo Santos explica as polémicas sobre Nuno Markl e assume: "Essa malta que fala mal de mim e me chama nomes tem um lugar no meu coração"
Gustavo Santos, o "provocador de consciências", assume, em entrevista exclusiva à The Mag, by FLASH!, que, sem ouvir o seu vídeo da polémica: "Também eu entenderia que era um ataque ao Nuno Markl". As explicações que já faziam falta sobre uma das grandes polémicas do ano, que "acordou" o País... que se virou contra o influenciador digital.O influenciador, de 49 anos de idade, que diz que "não tenho filtros e não tenho medo ponho cá para fora tudo o que penso", reconhece que se só tivesse lido os títulos da imprensa também acharia as suas declarações polémicas, num ataque a Nuno Markl, depois do humorista ter sofrido um AVC. Chamou-lhe "pálido, flácido, pré-obeso e pró-vacinas", aquilo que considera um dos cocktails favoritos das doenças crónicas que podem levar à morte. Gustavo Santos, 48 anos de idade, afirma-se mensageiro de Deus. Jura que Este lhe deu uma missão. Que é por isso que faz coisas que mais ninguém faz, que é "a voz de muitas pessoas" e que tem "uma cabeça à prova de bala, como o carro do Papa". E, no fim de contas, ainda deseja "as melhoras" ao famoso radialista e apresentador, que é só uma das figuras mais queridas de Portugal, mas volta a provocá-lo: "Meti-lhe um espelho à frente e ele não gostou da verdade".
Tinha noção, quando publicou o vídeo sobre o AVC do Nuno Markl, que ia ter este impacto todo?
Não.
E das figuras públicas que apareceram a criticá-lo, e em alguns casos mesmo a atacá-lo.
A criticar, a apoiar. Faz tudo parte.
Houve um misto de ignorância, também?
Não, isto teve um impacto inesperado como teve quando fui para a linha da frente sobre o Charlie Hebdo. Como quando vou para a linha da frente em relação a vacinas e da quimioterapia. Ou seja, eu vou sempre para a linha da frente porque eu sinto que o devo fazer. E como não tenho filtros e não tenho medo ponho cá para fora tudo o que penso.
Mas em relação a este vídeo, que é um dos assuntos do momento?
Em relação a este vídeo, que é o que está aí nas bocas do mundo e gerou polémica. As minhas páginas tiveram mais de sete milhões de visualizações nos últimos dias por causa disto. Feliz ou infelizmente ainda continua a ser um assunto.
Mas aquilo que se escreveu primeiro nas redes sociais e depois na imprensa foi de alguma forma descontextualizado?
Tudo o que veio cá para fora foi totalmente descontextualizado. Porque pegaram em quatro palavras, que foi o "pálido, flácido, pré-obeso e pró-vacinas", ok?! Pegaram numa coisa que foi dita em dois segundos de um vídeo de um minuto e meio ou dois minutos. Um vídeo onde reforço, penso que três vezes, que felizmente ele teve uma segunda oportunidade. E digo ainda que ninguém quer que lhe aconteça nada de mal. E eu também não. Honestamente, só lhe desejo as melhoras.
É um ser humano e tem direito à vida, como todos nós.
Claro, é um ser humano muito conhecido, muito popular e muito acarinhado e obviamente a preocupação com o seu estado de saúde levou a que tivesse este impacto. Mas eu fiz este vídeo, e eu escrevi isso na legenda do vídeo também, não é tanto sobre o Nuno Markl. Falo sobre ele, mas está na legenda, é muito mais sobre quem pode estar a ver o vídeo, que pode estar "pálido, flácido, pré-obeso e ser pró-vacinas" sem saber o que são vacinas. O ser pró-vacinas não tem a ver com ignorância, tem a ver com alguém que não fez o trabalho de casa e não foi pesquisar o que são vacinas.
Mas isso obviamente ninguém faz.
Pois, ninguém faz. As pessoas consentem sem estar informadas. E é um perigo.
Aceitam. Confiam
Sim, e é por isso que temos uma taxa de 40% de doentes crónicos neste País e temos doenças autoimunes que nunca mais acabam, os diabetes dispararam, os cancros dispararam, os AVC dispararam. Tudo disparou desde este imunização em massa que não imunizou nada.
Avisou a sua mulher (Mafalda Rodiles) de que esta polémica com Nuno Markl poderia acontecer.
Sim, sim, avisei. Como a avisei de muitas outras coisas desde o princípio do nosso relacionamento. Porque eu sou esta pessoa e serei sempre e cada vez com mais força. Não há volta a dar. As pessoas que estão comigo sabem-no. Eu digo aos meus filhos: "Putos, é possível que vocês ouçam falar muito bem do pai porque o pai faz coisas que ninguém faz e muitas pessoas dizem que eu sou a voz dessas pessoas. E eu não gosto de ser essa voz porque cada um tem a sua voz e deve ser a sua voz, mas ó filhos, também é possível que ouçam falar mal do pai. O pai faz coisas que ninguém faz também e há pessoas que não estão de acordo e não sabem lidar com isto e por isso falam simplesmente e gratuitamente mal".
A MISSÃO QUE "DEUS" LHE DEU
A maioria das coisas de que o Gustavo fala são polémicas, estão em contraciclo com o sistema, é inevitável que seja sempre atacado. Como faz quando começa a levar "porrada" de todos os lados? Onde vai buscar forças?
É uma pergunta engraçada. Vou buscar forças a mim e a Deus.
Quando fala do "Acorda", de uma missão que Deus lhe deu.
É isso mesmo. Isto chegou-me há talvez um ano e meio, embora só se tenha manifestado em prática desde o 15 de março deste ano.
Como aconteceu esse chamamento?
Estava a buscar comida com um filho meu dentro do carro. Estávamos a brincar, a dançar e às cócegas, a curtir os dois, e de repente olhei para a frente e apareceu tudo, pum, pum, pum: "Vais fazer isto, chama-se isto e estes são os pilares". Foi isto. Do nada. Eu escrevi 16 livros na minha vida e nunca pensei no título Acorda para nenhum deles. A grande base do Acorda tem a ver com o amor próprio, que era algo que eu falava também em relação vídeo do Nuno Markl. Isto acontece-te porque não tens amor próprio. O teu trabalho é muito mais para fora, para a opinião dos outros, o reconhecimento dos outros. Isto acontece com a grande maior parte das pessoas e depois quando te colocam um espelho a frente. E foi isso que eu fiz com o Markl, quando estás "flácido, pálido e pré-obeso", isto pode acontecer-te também.
E as pessoas entenderam essas palavras como um ataque feroz ao Nuno Markl que, coitado, estava a passar por uma situação complicada de saúde.
Eu próprio, se lesse só os títulos que saíram na comunicação social, entenderia que era um ataque. Mas eu disse estas palavras em três ou quatro segundos de um vídeo de mais de um minuto e meio. Aquilo foi tudo descontextualizado.
Como é que lida com essas descontextualizações e com os ataques que lhe fazem?
Eu sei quem é que eu sou. Quando falam muito bem de mim nunca me deslumbro, nem levanto os pés do chão. E quando falam muito mal também não me sinto atacado. Mesmo essa malta que fala mal de mim e me chama nomes tem um lugar no meu coração. Se vierem ao Acorda eu abraço-os. E tudo o que eles possam dizer, a minha cabeça é mesmo à prova de bala como o carro do Papa. Em momento algum me questiono ou ponho em causa se devo ou não devo fazer.