O que anda a fazer, afinal, o filho de Betty em Portugal? Há um sítio onde Roger tem passado mais tempo do que no hospital...
O norte-americano anda numa 'lufa-lufa' para conseguir resolver tudo aquilo que definiu em tempo record e poder levar a mãe em segurança para os Estados Unidos. É o cheque-mate de Roger, que promete afastar definitivamente Castelo Branco da vida de Betty.
Há mais de uma semana que Roger Basile está em no nosso país e, mais do que no hospital Cuf Cascais, onde a mãe, Betty Grafstein, está internada, o tempo tem sido passado entre reuniões com o advogado que contratou para liderar o caso de violência doméstica e avançar para o divórcio.
O empresário norte-americano, é sabido, quer que o processo de divórcio decorra com a maior celeridade possível, mas até ao momento José Castelo Branco garante ainda não ter sido notificado para esse efeito e, numa entrevista recente à TVI, o advogado Paulo Correia deu a entender que as coisas poderiam já estar em andamento, mas ainda numa fase muito inicial
"Conhecemos os factos que estão em causa, portanto, se me perguntar se é natural que o divórcio avance, eu diria que sim. Mas não posso responder-lhe mais do que isto", respondeu.
Quando questionado se o socialite teria direito a ficar com alguma coisa em caso de separação, o advogado também foi evasivo, mas deu a entender qual será, no entanto, a linha da acusação. "Tem direito a alguma coisa Castelo Branco ou não?", perguntou Conceição Queiroz. "Acho que não. Mas, em sede própria vamos discutir tudo isso".
Mais do que o processo de violência doméstica, que se poderá arrastar durante um tempo significativo na Justiça, o divórcio é visto como a chave para Roger para excluir definitivamente José Castelo Branco da vida da mãe e afastá-lo da herança que, em caso de uma separação oficial, o socialite não terá direito a qualquer parte do património da norte-americana.
Isto porque a idade de Betty, superior a 65 anos por altura do enlace, excluía automaticamente um regime de comunhão de bens. Além disso, na altura, em 1996, José Castelo Branco teve ainda de assinar uma espécie de acordo pré-nupcial que definia os termos do divórcio, e que foi uma forma encontrada à época para salvaguardar a fortuna da herdeira do império de diamantes.
Neste momento, há, portanto, vários cenários em cima da mesa e todos eles distintos uns dos outros. Se o divórcio exclui Castelo Branco de todo o património da ainda mulher, em caso de morte da norte-americana, de 95 anos, o contexto já não é o mesmo, uma vez que, por lei, o socialite terá sempre direito a um mínimo da quarta parte da herança. Neste caso, e havendo apenas dois herdeiros legítimos, em teoria o português poderia até ficar com metade do património.
No entanto, caso viesse a ser condenado por violência doméstica, a lei ditaria que ficaria automaticamente excluído do regime de herdeiros.
DIVÓRCIO TEM DE SER VALIDADO NOS EUA
O processo de divórcio deverá dar entrada na Justiça portuguesa, ainda que a ideia de Roger seja levar a mãe o mais rapidamente para os Estados Unidos e colocá-la no seu terreno de segurança, uma vez que em Nova Iorque mais facilmente conseguirá garantir que não haverá qualquer aproximação por parte de José Castelo Branco.
Apesar da rapidez com que o empresário quer que o divórcio decorra, não é expectável que este seja amigável, uma vez que o marchand d'art, de 61 anos, já fez saber que não pretende uma separação oficial. Os dois irão, então, avançar para um processo de litígio e ser ouvidos por um juíz.
No caso de Betty não se encontrar em condições para responder ao processo, poderá ser nomeado um tutor para liderar o assunto, que neste caso seria sempre o filho.
Certo é que, em todo o caso, Roger quer encerrar o capítulo 'Portugal' o mais rapidamente possível e afastar a mãe de um país que a liga a José Castelo Branco e a todo um rasto de dívidas que parece não ter fim. Além de estar na lista de devedores ao Fisco, decorre uma penhora em nome da norte-americana no valor de mais de 360 mil euros, fruto do incumprimento de um empréstimo milionário contraído ao Banco Comercial Português no início do novo milénio.
Na altura, o casal deu como garantia a casa de Sintra pelo que o palacete poderá agora vir a ser hipotecado.
Dívidas que se somam também na vida de José Castelo Branco, que está cada vez mais cercado e ainda não conseguiu erguer um plano para definir o seu futuro longe de Betty Grafstein.