Todas as revelações polémicas dos ficheiros secretos do caso Epstein sobre Trump e a fotografia comprometedora do presidente com "meninas em biquíni"
Novos emails e documentos trazem à tona mais detalhes da ligação entre o presidente dos Estados Unidos e o pedófilo Jeffey Epstein, que referia várias vezes o lado "indecente" de Donald Trump, afirmando ter em sua posse material que poderia derrubar o político. Entenda as novas revelações do caso, numa altura em que ainda falta serem tornadas públicas milhares de pastas que podem incriminar o líder norte-americano e outros nomes sonantes também na calha.Donald Trump já assinou o Decreto de Lei que autoriza a divulgação de todos os ficheiros relativos à investigação de Jeffrey Epstein. Até ao momento, só foram libertados 3% dos documentos (mais de 30 mil páginas) e, ainda que o presidente dos Estados Unidos tente desvalorizar a sua ligação, garantindo que tudo não passa de uma "campanha política difamatória" é inegável a sua ligação ao pedófilo - acusado de tráfico de menores, exploração e abuso sexual, e que se matou na cadeia antes que pudesse haver uma sentença sobre o caso que envolve ilustres de todo o Mundo.
Em primeiro lugar, há áudios de chamadas que mostram que Jeffrey conhecida muito bem Donald Trump, com as referências do magnata ao político a serem frequentes e a perfazerem um total de 100 horas, e depois há imagens que demonstram que os dois frequentavam o mesmo circuito nova-iorquino, tendo coincidido em vários eventos sociais entre a Flórida e Nova Iorque, inclusivamente numa festa dada pelo político na sua casa de Mar-a-Lago. Em 2000, o magnata voltou a ser visita de casa de Trump e há registo de uma imagem dos dois, sorridentes, acompanhados pelas respetivas mulheres.
Numa entrevista à 'New York Magazine', em 2002, o político chegou mesmo a referir-se ao amigo como um "tipo estupendo" e até assinalou a sua preferência por mulheres mais jovens.
Mais recentemente, recorde-se, a modelo Stacey Williams também reforçou que essa ligação era uma realidade, ao garantir que esteve com os dois em casa de Donald Trump, sendo envolvida, sem querer, naquilo que chamou "de jogo distorcido" entre Trump e Epstein. Na mesma ocasião, garante ter sido abusada pelo candidato à presidência dos EUA. "Pôs as mãos no meu peito, na cintura, nas nádegas", fez saber.
No entanto, esta é apenas a ponta do iceberg, que parece agigantar-se com a revelação dos polémicos ficheiros secretos do caso Epstein. Na divulgação dos documentos, há várias frases atribuídas a Jeffrey Epstein sobre o amigo político, sendo que uma das mais polémicas é: “Eu sei o quão indecente o Donald é.” Noutro email, o magnata é perentório, sugerindo ter material comprometedor para o presidente dos Estados Unidos. “Eu sou aquele que o pode derrubar”, disse, não clarificando exatamente como é que o poderia fazer, mas a dúvida persiste, numa altura em que os contornos desta ligação próxima têm sido esmiuçados e sugerem que Trump poderia ter conhecimento do envolvimento do amigo no escândalo de pedofilia ou, em última análise, ter parte ativa no mesmo.
Mais tarde, e numa altura em que ambos já se teriam desentendido, cortando relações, Epstein, numa troca de emails com a companheira, Ghislaine Maxwell, sua cúmplice no caso e que se encontra a cumprir pena de 20 anos de prisão por tráfico sexual, abordava a entrevista de Virginia Giuffre e a sua ligação ao príncipe André, sugerindo que havia uma bomba que poderia explodir a qualquer momento relacionada com Trump. “Quero que entendas que o cão que ainda não ladrou foi Trump. A vítima [Virginia Giuffre] passou horas na minha casa com ele. Ele nunca foi mencionado”. H
Epstein diria ter ainda em sua posse fotografias do político na sua cozinha com "meninas em biquíni" durante as festas sexuais em que afirma que o político era um dos muitos participantes. Isto foi, naturalmente, antes de a amizade entre os dois ter ruído, alegadamente devido a uma quebra de confiança, depois de Epstein ter recrutado para os seus negócios e ilha privada funcionários de Trump. “Ele roubou pessoas que trabalhavam para mim. Disse-lhe para nunca mais fazer isso. Fez de novo e foi o seu fim”, recordou Trump, descrevendo então o antigo amigo como "tarado".
O presidente dos EUA, recorde-se, é apenas um dos muitos nomes de topo envolvidos no escândalo de tráfico sexual. Entre os citados estão o príncipe André - cujo envolvimento o levou a perder todos os títulos reais - ou o antigo presidente Bill Clinton.