Os últimos anos trouxeram grandes desafios para Sara Barradas que, de um momento para o outro, viu a sua realidade tal como a conhecia mudar drasticamente. Depois de um longo processo judicial, o ano de 2020 implicou a condenação da mãe da atriz a uma pena de sete anos de prisão efetiva por burla qualificada.
Em tribunal ficou provado que Felisbela, a mãe, tinha agido de má fé com o intuito de burlar os mais de nove arguidos, fazendo-os acreditar que tinha acesso a imóveis a preços vantajosos e levando-os a entregar-lhe uma entrada para o negócio que nunca existiu. Entre os lesados estão o próprio marido de Sara, José Raposo, o irmão deste ou até a falecida atriz Maria João Abreu.
E se até então toda a família vivia em perfeita união, houve uma cisão natural depois do processo com a família de José Raposo a ficar particularmente melindrada com a situação. "A partir dessa altura não houve mais natais em conjunto e claro que as pessoas sabem que a mãe não é a Sara, mas a atitude da Sara também não foi a melhor. Ela nunca pediu desculpa, nunca teve uma palavra sobre o que aconteceu", conta uma fonte.
Mas a verdade é que, apesar da condenação da mãe, Sara Barradas nunca deixou de acreditar na sua palavras. Após a detenção, as duas continuaram unidas e a atriz é presença assídua na Cadeia de Tires, onde Felisbela cumpre ainda os primeiros anos da pena.
"Eu não tenho de perdoar a minha mãe porque ela não fez nada de errado. Ela sabe. E eu sei. Estou com ela até ao fim. Ela não precisa do meu perdão, porque não há nada para perdoar. Eu sei que ela está ali injustamente", disse, na única vez que se pronunciou sobre o assunto.
Mas a verdade é que a prisão da mãe, assim como do padrasto de Sara, a deixou a braços com grandes responsabilidades. De repente, e além da filha, Lua, a atriz passou a ter a seu cargo a avó e as duas irmãs, uma delas ainda pequena. Uma situação complicada que teve de gerir em família e que provocou mudanças nas rotinas com José Raposo.
Ainda assim, e apesar de o casamento ter tremido, José Raposo nunca virou costas às dificuldades e esteve ao lado de Sara nos bons e nos maus momentos, não sabendo, no entanto, que estes ainda não tinham terminado. O mais dramático viria a ocorrer em maio de 2021 com a morte de Maria João Abreu, depois de ter sofrido um aneurisma.José Raposo era, então, um homem destruído pela dor de ter perdido um dos grandes amores da sua vida, mãe dos seus filhos mais velhos, e com quem sempre manteve uma relação à prova de tudo. ASSUME MOMENTO DELICADO Sara Barradas prefere manter a vida pessoal resguardada, mas este ano, e num desabafo público, assumiu as dificuldades que tem atravessado e que 2023 não foi um ano fácil.
ASSUME MOMENTO DELICADO
Sara Barradas prefere manter a vida pessoal resguardada, mas este ano, e num desabafo público, assumiu as dificuldades que tem atravessado e que 2023 não foi um ano fácil.
"Enfim, 2023 foi um ano péssimo para todos. Mesmo para quem diz que não. Porque o que se passa no resto do planeta e com a humanidade, concretamente, diz respeito a todos. As alterações climáticas são cada vez mais reais. A subida no nível da água já se vê em todo o lado e as catástrofes naturais (ou pouco naturais) são cada vez mais frequentes. As secas. A crescente poluição e consequente aumento de gases com efeito de estufa. Tudo isto nos impacta. Tudo isto, mais as guerras sem fim. É tão triste que a nossa raça seja ciclicamente podre e corrompida. Mortes e mais mortes a troco de nada. Porque nada é a única coisa que estes 'donos disto tudo' com sede de poder vão levar", começa por falar, genericamente, para depois partir para o seu caso pessoal, assumindo que começou a fazer terapia para aprender a gerir todo o stress emocional que carrega.
"Pessoalmente, 2023, foi o ano em que abracei o mundo da terapia, ainda tabu para tantos, mas que todos precisam, sem excepção, mais não seja como ferramenta de análise e auto-conhecimento. Sinto-me a crescer interiormente, a enfrentar e a abraçar os meus medos e fragilidades", relata. Ainda assim, a atriz diz que encontra forças na família, sobretudo na filha Lua, que a tornou mais conectada com o Mundo.
E se a nível pessoal as coisas não lhe correm propriamente de feição, a atriz, de 33 anos, revelou que 2023 também não foi espetacular no campo profissional. "Profissionalmente, não foi o mais espectacular, na medida em que não foi o que mais me desafiou, mas não me posso queixar! Fiz teatro, televisão (séries especificamente), dobragens e ainda dei 'uma perninha' no cinema."A viver momentos complicados, Sara assume que a terapia lhe tem aberto os horizontes e espera que o novo ano lhe traga mais notícias positivas e trabalho para ter bagagem financeira para suportar as novas responsabilidades que a prisão da mãe trouxe aos seus dias.