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Drama

As mais duras recordações de Sérgio Conceição com a morte do pai e no papel de cuidador da mãe: "Tinha de a ajudar a tomar banho e a comer"

Em entrevista à televisão italiana, treinador recordou o passado marcado por várias tragédias e dificuldades financeiras que toldaram a sua personalidade. Hoje, afirma que os pais se orgulhariam de o ver "fumar charutos" e celebrar vitórias.
Por FLASH! | 12 de maio de 2025 às 16:13
Sérgio Conceição Flash
Sérgio Conceição Flash
Sérgio Conceição e Liliana Flash

Sérgio Conceição tem uma história de vida incomum, de força e resiliência. Oriundo de uma família numerosa, é o mais novo de oito irmãos e cedo conheceu as adversidades da vida. Além de não viver com desafogo, a par das dificuldades financeiras somaram-se várias perdas, que o técnico recordou no último fim de semana, a propósito do Dia da Mãe em Itália.

Numa entrevista repleta de emoção, à televisão do AC Milan, o treinador recordou a perda dos pais, os grandes pilares da sua vida, lembrando que, hoje, lhe falta esse amor para que seja completamente feliz.

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"Sou um dos oito filhos que ela teve. Todos nós recebemos um amor inexplicável. Crescemos com dificuldades, muitas. O pai trabalhava, a mãe cuidava das crianças. Ela também trabalhava muito, com muito amor e carinho. Era uma mulher... era a minha referência. Há momentos em que algumas pessoas são mais felizes do que outras, mas mesmo nesses momentos há sempre um lado um pouco sombrio em mim, não sou plenamente feliz, porque sinto muita falta dela. Ainda hoje é assim", começa por recordar, lembrando a cronologia de acontecimentos infelizes que marcaria para sempre a sua infância e juventude.

Sérgio Conceição Foto: Flash
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Começou por perder um dos irmãos, depois o pai e alguns anos volvidos a mãe, num duro processo que exigiu muita dedicação da sua parte, uma vez que foi um dos principais cuidadores de Maria Alice. "Aos 4 anos perdi um irmão de 12. Depois, o meu pai morreu quando eu tinha 15, quase 16, e minha mãe já tinha sofrido um derrame, ficou paralisada do lado esquerdo, não era independente. E no final eu, pequeno, porque os meus irmãos são mais velhos do que eu, tive de fazer tudo para ajudar a minha mãe: tive de ajudá-la a tomar banho, a comer... Foram anos em que experimentei um amor maior, um vínculo que não consigo explicar por palavras o que significa. Não tínhamos dinheiro, mas tínhamos um amor tão grande... Lembro-me sempre de uma frase: 'quem tem mãe é rico e não sabe', e é verdade."

Hoje, admite que os pais continuam a ser a sua grande referência e que toldaram a sua força e mentalidade: do amor da mãe ao lado mais duro, da parte do pai. "A minha mãe nunca me repreendeu. O meu pai era duro, duro, difícil. Ela era a típica mãe que protege os filhos, tinha sempre uma palavra gentil a dizer. A pessoa mais importante para mim, mesmo que eu não queira esquecer a minha mulher... No final, habituas-te à dor, mas ela permanece sempre. Acostumei-me com esta dor, consigo viver e seguir em frente."

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Num caminho difícil e sinuoso, com sucessos e desaires, Sérgio Conceição não tem dúvidas de que hoje os pais ficariam orgulhosos de si. "O que eu diria aos meus pais hoje? Quando ganho títulos e fumo um charuto, as primeiras palavras são para eles. Passaram-me valores muito importantes que carrego dentro de mim até hoje. Eles são a base do meu caráter, da minha personalidade e do meu desejo de vencer."

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