Individualidades despedem-se de Mário Soares
O antigo Presidente teve honras de Estado no último adeus, com a presença de inúmeras individualidades.
Durante três dias de luto nacional, Portugal chorou a morte de um dos seus mais emblemáticos líderes políticos. Mário Soares, "o rosto maior da democracia portuguesa" – como foi escrito no dia da sua morte, a 7 de janeiro –, teve o primeiro funeral com honras de Estado em democracia. Nem o primeiro-ministro Sá Carneiro teve esta distinção – a primeira no pós 25 de Abril –, na hora da sua morte.
Milhares de pessoas acompanharam, desde segunda-feira, dia 9, de manhã, o cortejo fúnebre do antigo Presidente da República, que começou, passavam cinco minutos das 11h00, na sua residência no Campo Grande. Milhares de populares aplaudiram-no à passagem, ouvindo-se muitas vezes: "Soares é fixe", até ao Mosteiro dos Jerónimos, onde esteve em câmara ardente na Sala dos Azulejos. Várias personalidades do mundo da política, das artes, da televisão dirigiram-se a Belém para a última homenagem a Mário Soares.
As homenagens fúnebres começaram na terça-feira, dia 10, nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, com uma cerimónia, pouco antes das 13h00, e com a urna do líder histórico do PS a ser carregada ao ombro por seis militares.
Mário Soares morreu aos 92 anos de idade, no sábado, dia 7 de janeiro, após ter estado hospitalizado desde o dia 13 de dezembro, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa.