Os últimos vídeos: Ângela Pereira recordou a sua vida antes do cancro e contou como descobrira a doença fatal aos 20 anos
A jovem de 23 anos não resistiu a um aspergiloma e morreu na manhã de dia 25, não sem antes documentar a sua corajosa batalha contra um linfoma.Foi a notícia mais triste deste Natal: Ângela Pereira morreu na manhã de dia 25, duas semanas e meia depois de ter feito o apelo que se tornou viral na redes sociais.
A jovem de 23 anos não resistiu a um aspergiloma que contraíra depois de um transplante de medula para tratar o cancro com que foi diagnosticada há três anos.
"Antes de partir, pediu que fosse deixada aqui uma palavra de agradecimento a todas as pessoas que, de alguma forma, a ajudaram, apoiaram, rezaram, enviaram mensagens ou simplesmente estiveram presentes ao longo desta caminhada tão difícil", pode ler-se na mensagem da família que anunciou a sua morte.
"Cada gesto, cada palavra e cada demonstração de carinho foram sentidos", afirma ainda a família, que diz que Ângela "nunca esteve sozinha. Sentiu-se amada, acompanhada e amparada até ao fim".
Ângela era bastante ativa no Tik Tok, onde documentava a sua batalha contra o cancro com o objetivo de ajudar outras pessoas que estivessem a passar pelo mesmo.
Há dois anos, falara sobre os sintomas que tinha que levaram ao diagnóstico de linfoma: cansaço extremo, tosse, comichão e um inchaço no pescoço:
No último vídeo que partilhou, em agosto deste ano, Ângela recordara a sua vida feliz antes da doença e a sua resiliência e força de viver durante os tratamentos:
No mesmo mês mostrara-se a recuperar do transplante de medula, aliviada por regressar finalmente a casa, sem que nada fizesse prever que iria contrair o fungo que acabaria por lhe roubar a vida de forma tão precoce.
Ao longo das últimas semanas, a batalha de Ângela Pereira comoveu o país. O seu testemunho era tocante. Depois de os médicos do IPO do Porto lhe terem dito que não havia salvação para o seu caso, a jovem nortenha pedia ajuda para encontrar uma saída para combater um aspergiloma, que é um fungo difícil de tratar em pacientes saudáveis, e por isso um desafio hercúleo para um doente como Ângela, com o organismo severamente fragilizado.