Encurralado. Angelina Jolie faz apelo a Brad Pitt para acabar com disputa ou ameaça tornar públicos documentos secretos

Angelina Jolie fez um aviso a Brad Pitt para que "acabe com a disputa" judicial em relação à quinta vinícola ou os advogados serão obrigados a apresentar os acordos de confidencialidade e que supostamente mostram o lado abusivo do ator, noticiou a 'People'. 

A guerra pela Vinícola Chateau Miraval localizada na vila de Correns, a cerca de 100 quilómetros a nordeste de Marselha, começou há um ano, quando Brad Pitt decidiu processar a ex-mulher alegando que Angelina terá vendido a sua parte a um oligarca russo "para ter lucros que ela não obteve e retornos sobre um investimento que ela não fez". Na denúncia, apresentada a 1 de junho de 2023, Brad chamou Angelina de "vingativa".

A vinícula francesa foi comprada pelo casal Brangelina em 2008 por 164 milhões de dólares - agora está avaliada em 500 milhões de dólares. Na altura, o então casal dividiu as ações por 60-40, pertencendo a maioria das ações à empresa de Brad, a Mondo Bongo. Mas após o casamento, o ator deu 10% a Angelina, fazendo com que ambos tivessem 50/50 das ações. 

Em 2021, Angelina vendeu a sua parte e o ex-marido agora quer que o tribunal reverta a venda de forma a ser o único proprietário do negócio. Os dois supostamente tinham assinado um contrato para garantir que nem um nem outro podia vender a sua parte sem o consentimento do outro.

Angelina Jolie feliz por ter de mostrar acordos de confidencialidade

Angelina Jolie feliz por ter de mostrar acordos de confidencialidade

Em maio, uma juíza de Los Angeles decretou que Angelina tem de apresentar ao tribunal todos os acordos de confidencialidade que assinou com terceiros entre 2014 e 2022.

Mas esta semana a atriz respondeu na mesma moeda. De acordo com a 'People', o advogado de Angelina Jolie diz que solicitou que Brad Pitt divulgasse os acordos de confidencialidade, o que incluiria comunicações de 2016, após um incidente numa viagem de avião em que o ator supostamente foi agressivo com a então mulher e um dos filhos.

O advogado de Angelina, Paul Murphy, afirmou que Brad Pitt fez uma oferta no passado para comprar a participação da atriz na vinícola, e nesta oferta "tentou punir e controlar Angelina exigindo um acordo de confidencialidade para cobrir a sua má conduta pessoal e abuso".

"Estas ações são fundamentais para este processo", explicou o advogado de Angelina à 'People', acrescentando: "Não nos surpreende nada que o Sr. Pitt tenha medo de entregar os documentos que demonstram estes factos".

"Angelina pede novamente ao Sr. Pitt para acabar com a disputa e finalmente colocar a família num caminho claro para a cura. A menos que o Sr. Pitt retire a sua ação judicial, Angelina não tem outra escolha senão obter os documentos necessários para provar que as suas alegações estão erradas", declarou Paul Murphy.

Os advogados de Brad Pitt não quiserem comentar as novas solicitações da equipa de Angelina, mas, no processo, os representantes do ator declararam que os acordos de confidencialidade de ambos tratam de "questões sensíveis", incluindo "terapia que ele voluntariamente empreendeu após o incidente do voo num esforço para melhorar a si mesmo", e apresentam alguns dos "seus conselheiros mais confiáveis".

A equipa de Brad Pitt acusa Angeline Jolie de querer os acordos de confidencialidade "de qualquer forma como parte dos seus esforços para transformar essa disputa comercial num novo litígio do caso de divórcio do ex-casal".

O negócio dos vinhos

A Vinícola Chateau Miraval é uma das maiores paixões de Brad Pitt. Em 2013, os vinhos rosé que o então casal produzia estavam a receber boas críticas e a transformar-se num negócio multimilionário. "Eles não são vinicultores famosos; Brad e Angelina são vinicultores de verdade", diz uma crítica da 'Vanity Fair'. 

Além do negócio do vinho, o Chateau Miraval tem ainda uma casa e um estúdio de gravação que já foi usado por músicos e bandas como Elton John, Sting, Courtney Love, Queen, Muse, The Cure e muitos outros. O terreno carrega ainda histórias desde o século XIII.