
Há "esqueletos guardados no armário" que acabam sempre por agitar o presente. E é isto que está a acontecer na monarquia britânica. Tudo por culpa da divulgação de antigos documentos do FBI que ligam o príncipe Philip, marido da rainha Isabel II, a um escândalo que abalou o governo britânico na década de 60.
O caso Profumo, como ficou conhecido, teve origem numa breve ligação sexual, em 1961, entre John Profumo, na época ministro da Guerra, com uma dançarina de 19 anos, de seu nome Christine Keeler. Este escândalo acabou por envolver assuntos secretos e intrigas políticas, pois a jovem mantinha em simultâneo um relacionamento com o adido militar e espião soviético Yevgeny Ivanov. Com a segurança nacional ameaçada, Profumo foi obrigado a demitir-se.
Agora, um telegrama enviado em 1963 pelo então diretor do FBI, J. Edgar Hoover, insinua que o duque de Edimburgo também terá tido um relacionamento com a mesma jovem. Além dela, ainda terá havido outra: Mandy Rice-Davies, amiga de Christine Keeler.
De acordo com Hoover, o empresário e espião industrial americano Thomas Corbally relacionou o pai de Carlos III às dançarinas. No referido telegrama, enviado para a Embaixada dos Estados Unidos, Hoover escreveu: "Corbally também disse que havia um boato de que o príncipe Philip poderia estar envolvido com as duas bailarinas."
Embora já tenham passados muitos anos, estas revelações acabam sempre por causar grande desconforto em Buckingham Palace, pois, como já se disse, este foi um escândalo que envolveu altas figuras do Estado e foi feito de muitas intrigas políticas, além de atestar que Philip poderá ter traído a rainha Isabel II.