A carta aberta de Moita Flores a Cristiano Ronaldo que está a comover o país: "Devo-te um pouco da minha autoestima"
O escritor decidiu que tinha chegado o momento de homenagear o jogador e o homem, através de uma carta aberta emotiva, escrita de orgulho e admiração.
Independentemente da classificação de Portugal no Mundial 2022, Cristiano Ronaldo será sempre o herói que gera paixões e ódios com a mesma dimensão das multidões que arrasta atrás de si. CR7 é o único homem que tem 500 milhões de seguidores. Independentemente do lugar que a nossa seleção alcançar no Qatar, Cristiano Ronaldo será sempre um marco incontornável da história do futebol mundial e da história do País.
Figura tão controversa quanto unânime, Ronaldo é único, no campo e fora dele. Francisco Moita Flores decidiu que tinha chegado o momento de homenagear o jogador e o homem, através de uma carta aberta emotiva, escrita de orgulho e admiração.
"Decidi escrever-te porque, não sendo um fã desesperado de futebol, devo-te um pouco da minha autoestima, que se alimenta do meu trabalho e daquilo que recebo do mundo que me cerca. Agradeço-te porque me comoves. Olho as ruas do Qatar, os seus estádios, e tremulam bandeiras do nosso País nas mãos de gente que nem sabe onde fica Portugal mas sabem o teu nome em português", começa por escrever o escritor e cronista da TV Guia.
"Amam-te com o desespero de quem ama a pátria do futebol e, por tua causa, essa pátria é a nossa Pátria. Comovo-me por saber que és o único homem do Mundo que tem mais de 500 milhões de seguidores. Sabendo que somos dez milhões de portugueses, que 200 milhões falam português, havemos de reconhecer que somos pequenos em relação aos teus feitos e à grandeza da tua obra, enquanto futebolista", pode ler-se ainda.
"Como escreveu o poeta António Botto és o ‘arquiteto do sonho e da ilusão’ que ousou tocar o céu quando saltas até às nuvens. Agrada-me saber que para milhões de putos de todo o planeta, Cristiano é sinónimo de vitória", escreveu ainda Moita Flores.
"E que Cristiano é português, coisa que não saberão bem o que é, mas que é uma terra verde e vermelha porque assim te vestes para entrar em campo. Talvez muitos aprendam contigo que a glória assenta no profissionalismo seja qual for a profissão que escolham. E será verde e vermelha. Da cor do nosso coração lusitano, porque é assim que reconhecem Portugal através do teu nome e da tua obra", conclui o escritor e ex-inspector da Polícia Judiciária.