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Notícia
Dia do Trabalhador

A revolta da atriz da TVI no 1º de Maio: "As passadeiras vermelhas têm escondido as dívidas à Segurança Social, às Finanças, as contas penhoradas."

Luísa Ortigoso, de 63 anos anos, brilha na novela 'Bem Me Quer', mas dá um murro na mesa, farta da falta de condições na Cultura que põe colegas na pobreza.
01 de maio de 2021 às 16:31
Luísa Ortigoso Foto: Instagram
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Luísa Ortigoso Foto: Instagram
Luísa Ortigoso Foto: Instagram
Luísa Ortigoso Foto: Instagram
Luísa Ortigoso Foto: Instagram
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Luisa Ortigoso Flash
luísa ortigoso Flash

Luísa Ortigoso, de 63 anos de idade, escreveu uma crónica na TV Guia desta semana, onde dá conta da sua desilusão quanto à crise dramática que os artistas estão a viver em Portugal. "Maio. Mês do trabalhador. Sobre o que escrever nesta Varanda da Esperança? A Esperança, no que toca aos trabalhadores da Cultura, tem andado perdida para uns, desvairada para outros e já esquecida para os muitos que têm ficado pelo caminho. Um caminho percorrido com muita persistência, muita teimosia em não deixar que morra aquilo que nos é Vida. Não queria aborrecer os leitores que procuram, talvez, nestas linhas, alguma coisa mais leve e glamourosa. Mas, quando se fala em trabalhadores e cultura no mesmo texto, o glamour fica difícil de atingir."

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Mais à frente, a atriz da novela 'Bem Me Quer, da TVI, pega na Constituição da República Portuguesa para dar exemplos concretos: "Algumas conquistas se conseguiram ao longo dos anos e congratulo-me por isso! Mas fomos empurrados para uma situação que me atrevia a dizer ser até anticonstitucional. A Constituição não diz que não se podem retirar direitos adquiridos aos trabalhadores? E não nos foram retirados os direitos que já tivemos? Carteira profissional, contratos de trabalho, proteção na saúde, proteção no desemprego… Enfim, tivemos tudo isto. Mas deixámos de ter… Estranho? Seguramente. E, no entanto, bem real."

Luísa Ortigoso fala até, na 'TV Guia', em dívidas e contas penhoradas dos colegas, tantas são as dificuldades. "As passadeiras vermelhas têm escondido as dívidas à Segurança Social, às Finanças, as contas penhoradas. E não, não se trata de 'gente estroina', que esbanja o que ganha e não pensa no dia de amanhã. Trata-se de gente que, no enquadramento legal existente, não consegue cumprir a carga de impostos, as despesas mensais e, às vezes, nem as diárias. Que, quando não tem trabalho, está entregue à sua sorte e/ou à bondade alheia. A situação pandémica só veio tornar este quadro mais visível, com apoios muito aquém do necessário, num setor em que a precariedade é generalizada."

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No final da sua crónica, a talentosa atriz de 'Bem Me Quer' entrega-se à esperança, após o Governo voltar a fazer promessas aos agentes culturais. "Escrevo estas linhas hoje, dia 22 de abril, dia em que o Conselho de Ministros, reunido em Mafra, debateu e decidiu sobre este setor tão esquecido. Foi aprovado, na generalidade, o decreto-lei que cria o Estatuto dos Profissionais da Área da Cultura – registo profissional, regime laboral e regime contributivo. Estamos, assim, mais uma vez, à varanda da esperança. Até porque, como diz Fernando Pessoa, 'É Hora'! Maio. Mês do trabalhador. Que vivam todos os trabalhadores! Que vivam os trabalhadores da Cultura!"

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