Conversa com Tony Carreira: Manuel Luís Goucha conta tudo sobre a entrevista mais difícil de sempre
Ter à sua frente um pai destroçado pela morte trágica e prematura de uma filha não é fácil, muito mais quando se conhece bem esse pai e essa filha. O apresentador da TVI confessa o turbilhão vivido com a entrevista ao cantor.
Cinco meses após a partida da filha, Sara Carreira, de apenas 21 anos, o conhecido cantor aceitou quebrar o silêncio e escolheu Manuel Luís Goucha - que nunca o abandonou nas horas mais negras - para dar a sua primeira entrevista após a tragédia.
Agora, o apresentador da TVI vem contar tudo o que aconteceu nos bastidores desta mesma entrevista, que foi vista por 1,7 milhões de pessoas, tendo sido o programa mais visto do dia da televisão portuguesa.
"Aquilo foi mais uma conversa entre duas pessoas que se estimam e estão em contacto permanente uma com a outra", começou por contar Goucha à revista 'TV Mais' para de seguida admitir: "Nem dormi bem na noite anterior à conversa. Já entrevistei pais que perderam filhos, só que havia um distanciamento porque não os conhecia antes, ainda que tenha tido por eles um grande apreço. No caso do Tony, somos amigos e eu conhecia a Sara", explicou o apresentador à referida publicação.
O conhecido comunicador da estação de Queluz de Baixo realça: "Tenho os meus limites, pois recuso-me a escarafunchar a dor alheia. As audiências não justificam tudo", considera para revelar ainda que não lhe foi imposto qualquer limite por Tony Carreira: "Pude fazer as que queria, o Tony fez-me chegar que não iria colocar entrave a qualquer tipo de questões. As minhas perguntas pegam-se nas respostas dele. Ouvi-o com o coração e fui-me abaixo", defendendo as suas próprias lágrimas.
Para além de considerar que esta "foi a conversa mais difícil" que teve e que "jamais terá outra assim", por ter sido "cheia de amor e de silêncios, que pesam", Manuel Luís Goucha justifica também o abraço que deu a Tony Carreira: "No final, tive necessidade de lhe dar um abraço. Eu que não dou beijos e abraços. Mas naquele abraço está o coração de um país inteiro. Quem gosta do Tony e assistiu à entrevista sentiu com o meu abraço que está também a abraçá-lo. Foram milhares de pessoas a abraçar o Tony".