Após alvoroço, Cláudio Ramos defende a SIC e confessa que queria ser o apresentador de 'Agricultor'
Cronista social revela sonho de apresentar "experiência social" onde não se importava de ver a mãe, as irmãs ou a filha.
Depois de muita polémica nas redes sociais, com muitas vozes, algumas bem conhecidas, a atacar os dois formatos estreados este domingo na SIC e na TVI, Cláudio Ramos veio defender a sua "dama".
O cronista social, que agora é "inquilino" diário da "casa" de Cristina Ferreira, defende esta "experiência social", palavras criadas por Daniel Oliveira, diretor geral de entretenimento da SIC, para aludir aos reality shows que a televisão de Paço de Arcos passou a emitir, nomeadamente desde a aposta em 'Casados à Primeira Vista'.
"Gostava muito que todos percebêssemos que a televisão tem o fim de entreter, que uma televisão privada além de entreter tem a função de criar audiência e lucro. Esse é o caminho. Partindo do princípio fundamental que somos todos livres de fazer o que nos apetece, desde que não se interfira na liberdade do próximo, que direito temos nós de condicionar as mulheres de participarem num programa onde procuram o amor, borboletas na barriga, a exposição, ou a legitima vontade de aparecer", explica Cláudio, salientando que é preciso audiências e lucro para a SIC.Revela no texto que escreveu no seu blogue que sonhava ocupar o lugar de Andreia Rodrigues. Recorda que já conhecia os formatos apresentados pela SIC e TVI e ter dito sempre que o 'Agricultor' o "fascinava e ambicionava ser seu apresentador. Não só pela sua vertente de entretenimento com a belíssima parte pedagógica que a ele está inerente e que só não vê quem não quer. Mostrar ao mundo que a agricultura faz parte do meio de sustento de muita gente e que essa gente não é toda igual, que nem todos os agricultores são burros e analfabetos, ou agro-betos, que há um mundo de vida entre uma coisa e outra, perceber que nem toda a gente que trabalha a terra vive isolado do resto do mundo e não é um pedaço de ‘barro’ sem coração…"
E acrescenta: "As pessoas, sendo todas iguais não são todas educadas da mesma maneira, não têm todas os mesmos objectivos e não é por não terem os nossos que são piores que nós. As concorrentes e os participantes do ‘Quem quer namorar com o agricultor’ ou de outro programa, têm o direito a estar ali, a fazer as suas escolhas e a deixarem-se apreciar. O espectador tem o direito a gostar, a ver, a avaliar, a estar, a não gostar a usar o comando para mudar de canal. A liberdade é isto. Liberdade não é condicionar com opiniões feitas e pressões mediáticas o que todos devem fazer, sob pena de, se fizerem o contrário da maioria, se sentirem mal. Isso não é nem liberdade nem justiça. Justiça e liberdade é eu fazer o que me apetece dentro da minha margem de escolha, sem fazer mal aos outros, mesmo que o resto do mundo ache que estou errado. O que não posso fazer, o que não devem as concorrentes ou os participantes fazer é agir de acordo com o que o mundo grita, muitas vezes num lado confortável da escolha, só porque isso lhes parece o melhor para eles."
E acrescenta: "As pessoas, sendo todas iguais não são todas educadas da mesma maneira, não têm todas os mesmos objectivos e não é por não terem os nossos que são piores que nós. As concorrentes e os participantes do ‘Quem quer namorar com o agricultor’ ou de outro programa, têm o direito a estar ali, a fazer as suas escolhas e a deixarem-se apreciar. O espectador tem o direito a gostar, a ver, a avaliar, a estar, a não gostar a usar o comando para mudar de canal. A liberdade é isto. Liberdade não é condicionar com opiniões feitas e pressões mediáticas o que todos devem fazer, sob pena de, se fizerem o contrário da maioria, se sentirem mal. Isso não é nem liberdade nem justiça. Justiça e liberdade é eu fazer o que me apetece dentro da minha margem de escolha, sem fazer mal aos outros, mesmo que o resto do mundo ache que estou errado. O que não posso fazer, o que não devem as concorrentes ou os participantes fazer é agir de acordo com o que o mundo grita, muitas vezes num lado confortável da escolha, só porque isso lhes parece o melhor para eles."
2Cada um de nós tem o direito a decidir o que é melhor para nós e para a nossa vida em determinado momento. Eu tenho quatro irmãs, livres, independentes, profissionais bem sucedidas, com belíssimos valores, que não ficariam piores se participassem no programa e muito menos se assistirem todos os dias a ele. Estamos a entreter Portugal numa escolha livre. Desculpem, mas e o que eu acho. Não sou nem burro, nem machista, nem quero regredir no tempo. Digo eu que tenho irmãs, uma filha, uma mãe e 45 anos. Mesmo que não se concorde com a minha opinião, é preciso respeitá-la. Certo?", questiona o cronista social que sonha ser apresentador.