"É fácil transformar alguém num monstro": Cantor Rúben Aguiar revolta-se após ser condenado por atropelamento e fuga
Artista foi condenado por ter atropelado intencionalmente um homem após conflito numa bomba de gasolina. Fugiu sem prestar auxílio e vítima teve de ser sujeita a três cirurgias.Rúben Aguiar já conhece o veredito do Supremo Tribunal da Justiça sobre o recurso que interpôs sobre a sua sentença por ofensa à integridade física qualificada.
Recorde-se que o cantor foi detido a 18 de abril de 2023 por, segundo a Polícia Judiciária de Setúbal, "de forma intencional" ter passado "com o carro por cima" de um homem de 55 anos. Aguiar, que já tinha antecedentes criminais, colocou-se em fuga após o atropelamento, mas acabou detido.
Rúben Aguiar, que foi condenado cinco anos e meio de prisão efetiva por ofensa à integridade física qualificada, continua assim a cumprir a pena de prisão domiciliária até que o processo transite em julgado.
O caso remonta a abril de 2023, quando uma discussão numa bomba de gasolina em Alcochete terminou com este desfecho trágico. Depois da quezília, um homem foi atropelado por Rúben Aguiar, que o abandonou no local sem prestar qualquer auxílio. O homem seria sujeito a três cirurgias, tendo ficado com sequelas físicas e emocionais.
Depois da sentença e das notícias que foram tornadas públicas, o cantor quebrou, este sábado, dia 8, o silêncio sobre o caso, mostrando-se revoltado nas redes sociais, onde admitiu que "é fácil transformarem alguém num monstro", garantindo ter sido alvo de uma campanha difamatória. "Fui condenado antes de ser julgado. Fui julgado na praça pública com informações falsas sobre mim", começa por escrever num longo texto divulgado nas redes sociais.
"Disseram que eu tinha antecedentes criminais. Disseram que eu tinha andado com o carro para a frente e para trás. Tudo isto foi divulgado antes mesmo de qualquer prova ser analisada. A presunção de inocência foi ignorada desde o primeiro dia", escreve ainda.
Rúben Aguiar fala ainda de imagens de câmaras de vidiovigilância que não foram analisadas. "Existiam mais filmagens. Mas não recolheram os outros ângulos. A única gravação apresentada tem tarjas pretas a tapar parte dos factos. Isto violou gravemente o meu direito de defesa. E violou o tratamento da prova".