Juiz nega pedido de Carlos Cruz
O antigo apresentador esteve em tribunal e viu o seu caso ser comparado com o de Harvey Weinstein.
Em junho de 2000, Carlos Cruz fora condecorado pelo à altura Presidente da República, Jorge Sampaio, com a ordem do Infante D. Henrique, pelo "trabalho na difusão e desenvolvimento do audiovisual em Portugal". Quinze anos depois, devido ao envolvimento no processo Casa Pia, veio a perder esta condecoração, exoneração que voltou a tentar reverter em tribunal.
Mas sem sucesso: o juiz Luís Borges Freitas recusou-se a dar o aval para que Carlos Cruz recuperasse a condecoração – que, recorde-se, sucedeu de forma automática pelo comunicador ter sido condenado a uma pena superior a três anos de prisão – justificando-se, segundo conta o ‘Expresso’, com a pergunta, "seria imaginável que Carlos Cruz tivesse sido condecorado após a condenação?"
De acordo com o semanário, perante o homem que, o juiz comparou o caso ao de Harvey Weinstein, o produtor de cinema condenado a vinte e três anos de prisão por abusos sexuais, que levou a que este tenha sido expulso da Academia, tendo igualmente visto o seu doutoramento revogado, tal como os títulos que havia recebido. A defesa de Carlos Cruz recorreu, com base numa putativa inconstitucionalidade da medida, para o Tribunal Central Administrativo.
Depois de cumprir a pena de prisão de seis anos por abuso sexual de menores, o torriense, hoje com 79 anos, mantém a tese da sua própria inocência.