Sem trabalho, sem dinheiro e despejada de casa! Os golpes mais recentes que abalaram os dias de Clara Pinto Correia
Teve tudo e tudo perdeu! O último e triste ano de vida da conhecida bióloga e romancista.Clara Pinto Correia foi uma das figuras mais ilustres da sociedade portuguesa além de ver o seu trabalho científico reconhecido também internacionalmente. Além de investigadora, escreveu livros, deu aulas na universidade e teve vários projetos na rádio, na televisão e na Imprensa.
Mas a conhecida bióloga passou da glória ao esquecimento e os últimos anos de vida ficaram marcados por uma imensa tristeza e desilusão, conforme a mesma fez questão de assumir numa entrevista concedida no início deste ano à revista Sábado.
Recebeu a equipa de reportagem da referida publicação na casa em que escolheu viver após ter deixado a capital e ter abandonado por vontade própria – ou empurrada pelas circunstâncias – a esfera pública. Fixou-se no centro da cidade de Estremoz e ali levava uma existência pacata... tão pacata como é a vida por aquelas bandas.
Contou nessa altura sem usar qualquer tipo de filtros [como era sua característica]: "Fiquei sem emprego, sem qualquer espécie de trabalho. Primeiro que começasse a receber o subsídio de desemprego foram quase dois anos", recordou com uma ponta de mágoa.
E assumiu ainda: "Nas filas da Segurança Social olhavam para mim de esguelha." A somar a isto, Clara Pinto Correia passou ainda por um despejo: "A minha senhoria da casa no Penedo [perto de Colares, Sintra] pôs-me uma ordem de despejo. Há 30 anos que lhe arrendava a casa e dava-me lindamente com ela." Só que por uma suposta falta de pagamento foi posta na rua. Foi aí que terá rumado ao Alentejo.