Marcelo apoia idosos, doentes, pobres e sem-abrigo. Saiba porquê.
O Presidente vestiu a bata de voluntário num hospital, abraçou sem-abrigo na noite mais fria do ano, visitou idosos solitários e, esta sexta-feira, almoçou em casa de um casal que vivia na rua. Marcelo revisita, assim, o seu passado em bairros de lata de Lisboa.
Desde que foi eleito, Marcelo Rebelo de Sousa, de 67 anos de idade, desdobra-se em ações solidárias. Nas últimas semanas, o Presidente da República esteve junto dos mais necessitados por diversas ocasiões. Visitou os sem-abrigo numa das noites mais frias do ano; idosos solitários nas zonas antigas de Lisboa; pobres; doentes nos hospitais e crianças com cancro no IPO de Lisboa.
Afinal, de onde vem o caráter solidário do Presidente? A explicação remonta à sua infância, passada junto da mãe, Maria das Neves, assistente social. "Eu tinha 6 anos. Fui duas vezes, com a minha mãe, ao Casal Ventoso, um bairro de lata que ficava entre Campo de Ourique e a Avenida de Ceuta", escreveu Marcelo na 'Agenda Solidária IPO - 2017".
O Presidente aceitou dar o seu testemunho para apoiar as crianças com cancro. Depois, ainda ajudou a vender agendas, no Centro Comercial Colombo, em Lisboa. "A minha mãe era assistente social, funcionária do Instituto Aurélio da Costa Ferreira, e tinha a seu cargo o acompanhamento de crianças portadoras de deficência".
NO MEIO DE BARRACAS E ESGOTOS
A pobreza, a solidão e a exclusão social são, assim, situações familiares a Marcelo Rebelo de Sousa, que as conhece de perto, desde criança. E isso ajudou, de facto, a moldar-lhe o caráter. "No Casal Ventoso, o ambiente de pobreza brutal, a situação daquelas crianças, era dramática. Recordo-me bem do que me impressionavam as crianças, as barracas, a falta de água e os esgotos".
Maria das Neves tinha um propósito, ao levar o pequeno Celinho nestas visitas a zonas degradadas da capital. "Porque é que a minha mãe me levou?", questiona o Presidente, na mesma obra para, de seguida, explicar: "Porque queria que eu conhecesse um pouco do que fazia, onde trabalhava, e esse outro mundo tão diferente do nosso? Não sei. Mas sei que nunca mais me esqueci até hoje". E essa lembrança acaba por se traduzir em ações solidárias, um pouco por todo o lado e com grande frequência.