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Polémica

Marcelo Rebelo de Sousa debaixo de ataque após comentar casos de abusos na Igreja

O Presidente da República acredita que "400 casos" de abusos sexuais não seja um número "particularmente elevado".
11 de outubro de 2022 às 21:22
Marcelo Rebelo de Sousa Foto: Pedro Simões
Marcelo Rebelo de Sousa Foto: Pedro Simões
Marcelo Rebelo de Sousa Foto: Pedro Simões
Marcelo Rebelo de Sousa Foto: Pedro Simões
Marcelo Rebelo de Sousa Foto: Pedro Simões
Marcelo Rebelo de Sousa Foto: Pedro Simões
Marcelo Rebelo de Sousa Foto: Pedro Simões

Marcelo Rebelo de Sousa está a ser atacado por famosos e pelos líderes dos partidos depois dos comentários sobre as 424 queixas de abusos sexuais na Igreja Católica. 

Em causa estão os relatos dados à Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais contra as Crianças na Igreja Católica Portuguesa. Questionado pelos jornalistas sobre o número de relatos, o Presidente da República respondeu: " 400 casos não me parece que seja particularmente elevado".

"Estamos perante um universo de milhares de jovens. 400 casos não me parece que seja particularmente elevado, porque em outros países houve milhares de casos", disse Marcelo.

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"Tenho acompanhado a atividade da comissão desde o início. Estão agora a preparar o trabalho final, que vão apresentar dentro de pouco tempo. Os dados não me surpreendem. Não há limite de tempo para estas queixas. Há algumas pessoas de 80 e 90 anos que fazem denúncias do que sofreram há 60 ou 70 anos", sublinhou.

Mais tarde, o site oficial da Presidência divulgou uma nota em que Marcelo volta a sublinhar a sua opinião. "O Presidente da República sublinha, mais uma vez, a importância dos trabalhos desta Comissão, muito embora lamente que não lhe tenham sido efetuados mais testemunhos, pois este número não parece particularmente elevado face à provável triste realidade, quer em Portugal, quer pelo Mundo", lê-se. 

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As reações

Nas Instastories, Bruno Nogueira e A Pipoca Mais Doce foram os primeiros famosos a reagir. "Também concordo. É por isso que este país não avança, nem na pedofilia temos números bons. Eu esperava até aos 800, depois logo se faz pedra, papel ou tesoura para decidir próximos passos", escreveu Bruno.

Ao mostrar a declaração de Marcelo, Ana Garcia Martins reagiu apenas: "Oi????".

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Do Parlamento chegam outras críticas. O líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, escreveu no Twitter: "400 queixas de abusos de menores validadas pela Comissão Independente e o comentário do Presidente da República é 'o número não é particularmente elevado'. É este o Presidente de uma República laica e de um Estado de Direito? Lamentável. Fosse um caso apenas e já era preocupante".

A Iniciativa Liberal declarou na sua página oficial que "o Presidente mostra estar mais preocupado em ilibar e relativizar a gravidade do comportamento de vários elementos da Igreja Católica do que com as vítimas dos atos hediondos. Marcelo Rebelo de Sousa deve um pedido de desculpas às vítimas e ao país".

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A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, afirmou que "é incompreensível a desvalorização dos abusos sexuais de menores na Igreja por parte do Presidente da República e inaceitável o contato que fez ao bispo José Ornelas sobre a denúncia".

Rui Tavares, do Livre, alertou Marcelo para o efeito das suas declarações: "Senhor Presidente, imagine todo o sofrimento e coragem que foi preciso para que 400 pessoas partilhassem as histórias de abusos que guardaram durante anos. As suas declarações podem ter por consequência minimizar esse sofrimento e desencorajar quem ainda procura forças para falar".

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A deputada do PS Isabel Moreira disse que o comentário foi "inaceitável".

O presidente do Chega, André Ventura, disse que "uma vítima de abusos sexuais, mesmo que fosse só uma, já seria muito grave. O País deve pedir desculpa às vítimas - e o Presidente também - e não menorizar o seu sofrimento!"

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