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Manuela Moura Guedes não perdoa: no regresso à TVI, jornalista lança farpas à administração e aos colegas

Durante a conversa com Cristina Ferreira, a antiga pivô do 'Jornal de Sexta' comentou aquele que será o momento mais difícil da sua vida profissional e não poupou nas críticas.
15 de dezembro de 2020 às 20:13
José Sócrates, sócrates, caso marquês Foto: cofina media
José Sócrates, sócrates, caso marquês Foto: cofina media
José Sócrates Flash
Manuela Moura Guedes e José Eduardo Moniz Flash
Manuela Moura Guedes, Filipe Faísca, ModaLisboa Foto: Cofina Media
Manuela Moura Guedes Foto: Cofina Media
Manuela Moura Guedes Flash
jose eduardo moniz, manuela moura guedes Flash
jose eduardo moniz, manuela moura guedes Flash
jose eduardo moniz, manuela moura guedes Flash
jose eduardo moniz, manuela moura guedes Flash
Manuela Moura Guedes Foto: Cofina Media
Manuela Moura Guedes Foto: Cofina Media
Manuela Moura Guedes Foto: Cofina Media
Manuela Moura Guedes Foto: Cofina Media
José Sócrates Foto: Cofina Media
José Sócrates Foto: Cofina Media

Manuela Moura Guedes, 64 anos de idade, regressou hoje à TVI, a convite de Cristina Ferreira. Durante a conversa com a apresentadora e administradora do canal de Queluz de Baixo, a antiga pivô do 'Jornal de Sexta' comentou aquele que será o momento mais difícil da sua vida profissional, tendo afetado a jornalista emocionalmente.

Com a habitual frontalidade, Manuela Moura Guedes não foi meiga nas críticas e não poupou ninguém: administração e colegas jornalistas. "Eu não tenho muito respeito pela classe jornalística em Portugal", atirou a antiga jornalista.

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Mas vamos ao caso. A 3 de setembro de 2009, a administração da Medial Capital – então proprietária da TVI - anunciou que o 'Jornal de Sexta', habitualmente apresentado por Moura Guedes, ia ser suspenso depois de ter sido criticado em abril do mesmo ano pelo então primeiro-ministo José Sócrates.

O chefe do Governo de então considerava que existia uma linha editorial antagonista do Governo, criticou o 'Jornal de Sexta', chamando-lhe um jornal "travestido". Segundo Manuela Moura Guedes, o noticiário que iria para o ar no dia seguinte incluía novos dados sobre o caso Freeport. Como consequência, a direção do canal demitiu-se, a redação repudiou o "atentado à liberdade de imprensa".

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A jornalista ficou de baixa médica desde 28 de setembro de 2009. A 17 de outubro de 2010, Moura Guedes chegou a acordo com a TVI e rescindiu contrato com a estação. Desde então, Moura Guedes fez algumas incursões televisivas como o 'Quem Quer Ser Milionário', na RTP1, ou mais recentemente a fazer comentário como 'Procuradora', na SIC. Esta terça-feira, Mora Guedes diz que a fase televisiva "está fechada".

A mágoa da antiga jornalista não é para com a televisão mas sim "com a maneira como se gere este meio tão poderoso, especialmente na informação" e assume já ter "tido algumas experiências más". Um desses maus momentos é precisamente o episódio 'Jornal de Sexta'. "Nunca irá ser resolvido porque uma injustiça é uma injustiça, principalmente quando uma pessoa tem a certeza que fez tudo o que era correto, com a sua equipa", refere.

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Mais do que a televisão ou de quem manda nela, Manuel Moura Guedes revela-se magoada com os colegas de profissão. "Não tenho muito respeito pela classe jornalística em Portugal, não tenho porque eles moldam-se ao que está instituído. Na altura estavam completamente moldados ao poder. Quando aconteceu tudo aquilo, a própria redação não fez nada", acusa.

Se pudesse viajar no tempo, a reação seria diferente. "Se fosse hoje eu teria batido o pé. Mas eu fiquei tão em estado de choque que dei de barato. Teria dito não. Não é uma administração que manda numa direção de informação", defende a antiga pivô da TVI.

Agora, não há lugar a arrependimentos. Manuela fez o que a profissão lhe exigia: trazer os acontecimentos para a "luz do dia". "Os acontecimentos dão-se e às vezes vêm ter connosco, a um jornalista. A nossa função é pô-los à luz do dia. Só há uma coisa a fazer que é dá-los a conhecer. Do que é que eu tenho que me arrepender? Eu só tinha uma coisa a fazer, eu e todos os jornalistas que trabalhavam comigo. Não fiz nada de extraordinário, nada. Este País é que é estranho. Dar notícias, apontar aquilo que está mal é o normal de um jornalista. Fiz o normal."

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