O grito de desespero de Marina Mota contra António Costa e Graça Fonseca. Falta alguém "que nos defenda e nos salve"
A atriz está em protesto contra as medidas do governo que estão a impedir os profissionais da Cultura de trabalhar.
Marina Mota mostrou-se esta terça-feira, 1, indignada com as medidas do governo que estão a impedir os profissionais da Cultura de trabalhar durante a pandemia da covid-19.
Convidada do programa 'Em Família', da TVI, a atriz aproveitou a oportunidade em televisão para ler um artigo da Constituição que sublinha que todos os portugueses têm o dever e o direito ao trabalho, mas não ficou por aí, apontando o dedo diretamente à ministra da Cultura, Graça Fonseca, e ao primeiro-ministro, António Costa.
"Isto não se faz a uma classe. Temos de uma vez por todas ter um Ministério da Cultura e alguém que nos represente, nos defenda e nos salve. E que não haja um discurso miserabilista dos coitadinhos que vão para o YouTube. A Internet não traz dinheiro para a vida das pessoas", defendeu Marina, sublinhando que ela era uma das privilegiadas, mas daria a cara ao protesto dos profissionais da Cultura.
A atriz cobrou do governo medidas para que os profissionais fiquem em casa mas com ordenados. "Eu não tenho que delinear uma estratégia governamental para que isto aconteça, são aqueles em que nós votamos e para quem eu pago os meus impostos [...] Paguem-nos para não sermos um perigo para a saúde pública", disse, indignada.
As medidas de contenção da pandemia têm afetado há quase 10 meses os sectores da Cultura e restauração, com o encerramento de espaços e restrições de horários o funcionamento.