Psiquiatra trata Carrilho devido a problemas de "agressividade"
O ex-marido de Bárbara Guimarães é seguido por um psiquiatra que lhe controla "problemas de irritabilidade e auto-agressividade". Num recurso judicial, Carriho demonstra raiva contra a ex-mulher, acusando-a de ter "tiques de vedeta" e de se achar "uma heroína que superou muitos obstáculos".
Um psiquiatra diagnosticou "problemas de irritabilidade", "agressividade" e "auto-agressividade" ao ex-ministro socialista da Cultura Manuel Maria Carrilho, de 65 anos. O ex-marido da estrela de televisão Bárbara Guimarães, de 43, foi acompanhado pelo clínico Joaquim Cabeças que o medicou com fármacos para combater a agressividade. O tratamento durou largos meses, até o doente atingir "uma fase de controlo razoável", conforme consta nos autos de um dos vários processos judiciais que ostentam no cabeçalho o nome dos dois elementos do ex-casal.
O médico Joaquim Cabeças diagnosticou, em meados de dezembro de 2013, problemas de "irritabilidade", de "agressividade" e "auto-agressividade" ao antigo professor catedrático de filosofia. O especialista em psiquiatra conheceu Manuel Maria Carrilho a 14 de dezembro desse ano – dois meses depois de ter sido despejado da sua casa de família e mês e meio após assinar o divórcio do matrimónio com Bárbara – e descreveu ao tribunal como o terá tentado tratar, declarações feitas no âmbito do processo movido por Carlos Teixeira Pinto, o padrasto da apresentadora da SIC, contra o ex-político, por difamação.
"Neste caso a causa da irritabilidade e da agressividade é muito clara", disse ao tribunal Joaquim Cabeças, referindo-se ao ainda fresco e conturbado processo de divórcio que foi espoletado pela apresentadora da SIC, em meados de outubro desse ano. "A questão que me exibe nessa data tem as características de auto-agressividade e de irritabilidade", revelou o clínico, sob juramento, ao tribunal.
Questionado pelos juristas sobre como tratou da saúde a Carrilho, João Cabeças descreveu a metodologia para o conseguiu controlar, "felizmente nos primeiros meses". "Nos primeiros meses, com a medicação que lhe atribuí, esta sintomatologia foi sendo atenuada, até chegar a uma fase de controlo razoável, penso que no final da páscoa de 2014", avançou o psiquiatra encartado, no seu depoimento, feito a 2 de março de 2015.
Nos meses seguintes ao surto de "irritabilidade", "agressividade" e "auto-agressividade" de Manuel Maria Carrilho, que obrigaram à toma forçada de fármacos, a saúde do ex-marido de Bárbara estabilizou, conforme confirmou o seu psiquiatra: "comecei a prescindir de alguma medicação e fiz a recomendação de uma pequena dose, que se mantém até hoje, para a agressividade".
O médico que acompanhou Manuel Maria Carrilho diagnosticou-lhe "sintomatologias de depressão" e confirmou ao tribunal supostas tendências suicidas: "Um dos pensamentos do professor foi ir para a ponte e atirar-se dali para baixo".
ELA TEM "TIQUES DE VEDETA E ACHA-SE UMA HEROÍNA"
Ainda no recurso que apresentou em março de 2016 ao Tribunal da Relação de Lisboa depois de ter sido condenado, em primeira instância, a pagar 25 mil euros ao padrasto de Bárbara Guimarães por difamação, Manuel Maria Carrilho teceu várias considerações sobre o caráter da mulher que o deixou. "A verdade é que o tribunal não conhece a personalidade da testemunha Bárbara Guimarães, sendo que é também da experiência comum que muitas das pessoas ligadas ao mundo do espetáculo, vivendo rodeadas de 'glamour' e das maiores atenções, apresentam características de alguma extravagância, por terem vidas diferentes do homem normal".
Segundo Carrilho, "por estarem [os artistas] constantemente sob escrutínio público, desenvolvendo, não raro, uma personalidade quer genuína, quer uma ‘capa protetora’, caracterizada por tiques de vedetismo, ideias de domínio e de auto importância", defendeu.
Todo este elencado do professor de filosofia reformado nada mais foi do que um intróito para depreciar a ex-mulher, dizendo de seguida que "Bárbara Guimarães, que era uma das três estrelas maiores da nossa televisão, auto descrevia-se como sendo uma heroína que vingou depois de superar muitos obstáculos, o modo de sedução que pautava certas conversas mantidas, nunca contando a mesma história duas vezes de forma igual", rematou.