Rosa Grilo acusa marido assassinado de traição e garante que filho acredita na sua inocência
Acusada de ter matado o marido, Rosa Grilo descreve rotinas na prisão e revela pormenores surpreendentes das relações com o ex-marido, com o amante e com o filho.
Rosa Grilo está detida no Estabelecimento Prisional de Tires, suspeita de ter assassinado o marido, o triatleta Luís Grilo. Para passar o tempo, a alegada assassina tem-se dedicado à escrita e a dar entrevistas.
Em declarações à 'TV Mais', Rosa Grilo faz novas revelações. Conta como têm sido os dias passados na prisão, da relação com as outras reclusas, mas também das traições do marido assassinado, do filho e da família.
Encarcerada numa cela individual, Rosa diz que faz tudo para a manter limpa e o mais confortável possível. É ela quem trata da limpeza: "Passo o tempo a lavar tudo. Tento ter a cela limpa e arrumada, dentro do possível". Diz não ter qualquer problema com as outras detidas, mas há quem não lhe fale. "Há pessoas com quem se cria mais empatia e outras menos. Apenas duas ou três senhoras não me falam por me considerarem 'inferior' pelo tipo de crime", descreve em entrevista à publicação.
Rosa Grilo assume que o marido saberia da relação que mantinha com o amante, António Joaquim – detido no estabelecimento presional anexo à Polícia Judiciária, por suspeita de cumplicidade no homicídio do triatleta – e acusa Luís Grilo de, também ele, ter muitas amantes.
"Durante muitos anos fomos felizes, vivemos bastantes aventuras d viajávamos imenso. A nossa relação ficou diferente há alguns anos, depois do nascimento do nosso filho. Mas sempre fomos amigos e companheiros em tudo. Não sei se pela "crise do 50", o Luís mudou muito, talvez também eu tenha mudado. O Luís começou a ter outras mulheres e eu soube sempre, mas sempre achei que o casamento não se deita fora de um momento para o outro por causa de uma parvoíce."
O filho, Renato, de 12 anos de idade, é quem está a ser mais afetado com o crime. De um momento para o outro, o pai foi assassinado e a mãe está presa, suspeita de ter sido a autora do crime. A criança deixou de ir à escola por sugestão da psicóloga e conta ainda "com o apoio de toda a família, dos avós, dos primos e dos tios". Rosa Grilo garante que o filho está do seu lado, que sempre esteve a par de tudo e que nunca duvidou da inocência da mãe.
"Segundo a psicólogo e o pedopsiquiatra, que o acompanha, ele está muito equilibrado e a reagir 'bem' face as circunstâncias. Sei que sente muito a minha falta e a do pai. Isso é o que me consome por estar aqui. O meu filho sempre soube de tudo desde o início e, por isso, acredita na minha inocência", refere Rosa Grilo.