Rosa Grilo escreve carta a amante para a ilibar do homicídio do marido
O Ministério Público apreendeu uma carta da viúva do triatleta para António Joaquim, numa tentativa do funcionário judicial não a envolver no homicídio.
É público que Rosa Grilo, detida em Tires por suspeitas de envolvimento no assassinato do marido Luís Grilo, gosta de escrever cartas para passar o tempo. Já escreveu duas missivas ao cronista da 'TV Guia' e ex-inspector da Polícia Judiciária, Francico Moita Flores – inclusive com ameaças –, que mereceram respostas duras do antigo PJ.
Os Serviços Prisionais do Estabelecimento Prisional de Tires intercetou uma carta da viúva do triatleta dirigida ao amante, António Joaquim, também suspeito no crime. Segundo avança o 'CM', Rosa Grilo pretendia acertar a versão sobre a morte do marido, cujo corpo foi encontrado a 24 de agosto na região de Avis.
A suspeita pretendia que o funcionário judicial não a envolvia no homicídio, mas o Ministério Público apreendeu a carta, considerando que era mais uma prova do seu envolvimento.
Recorde-se que Rosa Grilo também escreveu uma carta à ex-mulher do amante, António Joaquim, onde dizia que o funcionário judicial estava inocente e pedia-lhe que a perdoasse. Dizia ainda que ela sabia do crime, que tinha tirado a arma da casa do amante, mas que este não estava envolvido.
As versões de Rosa Grilo relativamente ao crime têm sofrido alterações ao longo do tempo. Desde um esquema levado a cabo por três angolanos, a tráfico de diamantes ou uma cabala da Justiça, foram já diversas as teorias da viúva numa tentativa de justificar a morte do marido.