Ex-mulher de José Sócrates livra-se de julgamento
Sofia Fava não terá de responder pelas acusações do MP de branqueamento de capitais e falsificação de documentos.
O juiz Ivo Rosa deixou cair as acusações que visavam a ex-mulher de José Sócrates, Sofia Fava, na leitura da decisão instrutória da Operação Marquês esta sexta-feira, 9, em Lisboa.
O Ministério Público acusava Sofia de dois crimes: branqueamento de capitais e falsificação de documentos no caso que envolve a compra do Monte das Margaridas, no Alentejo, com o apoio de Carlos Santos Silva, que deu garantias através de uma conta de 760 mil euros, bem como de outras despesas para reabilitação de imóveis utilizados por Sócrates. Mas o tribunal considerou esta sexta-feira que as provas não vão levar Sofia nem outros arguidos a julgamento por falta de dolo (intenção dos arguidos).
A ex-mulher de Sócrates era também suspeita de ter recebido uma avença mensal no valor de 5 mil euros, paga por Carlos Santos Silva, entre 2010 e 2014.
Na mesma leitura, o juiz Ivo Rosa disse que não vai levar a julgamento a mulher de Carlos Santos Silva, Inês do Rosário, nem José Luís Ribeiro dos Santos, da empresa XMI, nem o antigo motorista de Sócrates, João Perna, que alegadamente pagaria as contas do ex-primeiro-ministro.
O primo de Sócrates, José Paulo Pinto de Sousa, também não vai a julgamento.
Sofia Fava é mãe dos dois filhos do ex-primeiro-ministro, José Miguel e Eduardo. O ex-casal separou-se em 1999, mas continuam com uma relação próxima.
Foi para casa de Sofia Fava que Sócrates se mudou quando saiu da prisão de Évora, apesar de a ex-mulher já ter refeito a sua vida e ter, atualmente, outro companheiro.